A Escola Portuguesa de Cabo Verde, na cidade da Praia, está a testar os 885 alunos, mais os professores e funcionários, após serem identificados, desde a semana passada, 16 casos positivos, em quatro turmas. Em declarações ao A Nação, a diretora da escola tranquilizou os pais, negou que haja um surto e disse que os testes são apenas o resultado das instituições a fazerem o seu trabalho.
Os casos começaram a aparecer, segundo Suzana Maximiano, na terça-feira da semana passada, quando dois alunos de uma turma do sétimo ano testaram positivos em testes PCR. De imediato, segundo informou, e como prevê o Plano de Contingência, os pais foram informados e orientados a deixarem as crianças em casa por três dias e irem fazer testes na Delegacia de Saúde.
Os alunos estavam autorizados a voltarem à escola após resultado negativo do PCR.
Entretanto, continuou, porque eram muitos os alunos da EPCV a dirigirem-se à Delegacia de Saúde, para fazerem testes, essa entidade deslocou-se à escola para se inteirar da situação.
“Nesta sexta-feira, haviam três casos confirmados nessa turma e, depois, na segunda-feira seguinte e terça começaram a chegar os resultados e essa turma ficou com oito casos positivos”, explicou a diretora.
Gestão da situação
Durante o fim de semana, foram ainda notificados mais um caso numa turma do sétimo ano e, novamente, na segunda-feira, pelo que, mais uma vez, o procedimento foi repetido, conforme o Plano de contingência.
“Felizmente nós temos a possibilidade de dar aulas presenciais e também online, como fizemos o ano passado, a funcionar com metade das turmas presenciais e metade online, em dias alternados”, explicou.
Entretanto, esta quinta-feira, a Delegacia de Saúde regressou à escola e actualizou o número de positivos para 16.
Diante desta situação, foi ordenado que fossem testados todos os 885 alunos, assim como todos os professores e demais funcionários.
“Já testaram o pavilhão do segundo e terceiro ciclo, foi entendimento da delegacia de saúde encerrar este pavilhão, por se verificar os tais 16 casos positivos, e agora estão a fazer testes aos alunos do pavilhão C, que são do secundário, com três turmas do décimo ano”, precisou Suzana Maximiano.
Mais testes
Falta testar ainda o pré-escolar e o primeiro ciclo, agendados para esta sexta-feira.
“São as instituições a funcionar e, enquanto diretora da escola, estou a fazer aquilo que acho que me compete, que é mandar isolar uma turma sempre que tenho o conhecimento de um caso, mando para casa e mando testar. A delegacia de saúde também está fazendo o seu papel. Chegaram lá inúmeros alunos da EPCV, porque a diretora os está a mandar fazer testes, e veio ver o que se passa”, explicou.
Surto, para já, não
Quanto a existir um surto na escola, assegura que não, uma vez que são 16 casos entre quase 900 alunos, devidamente identificados e controlados. Entre os professores e funcionários não foi registado nenhum caso até agora.
Suzana Maximiano reitera que a escola está a fazer tudo para evitar que haja um surto, e que a escola seja fechada, através da testagem e do isolamento dos positivos. Por agora está fechado o pavilhão do segundo e terceiro ciclo, onde estão as quatro turmas com casos identificados.
Estes alunos devem ficar em casa por 14 dias, que vai até as férias do natal, no dia 17. Porquanto, só vão regressar em Janeiro, após o período de interrupção de aulas.
“Espero que a pandemia passe depressa porque os nossos alunos precisam das salas de aula, precisam da convivência na escola e notou-se, este ano, quando regressaram, a alegria que tiveram ao vir para a escola, pois estavam presos em casa”, finalizou.