Aldair Nuno da Luz Neves, 25 anos, é um “grafitter” natural da ilha do Sal que sonha em ver a sua arte espalhada por todo o arquipélago e além-fronteiras.
Hoje em dia, “Adi”, como é conhecido no seio dos amigos, é operador de assistência em escala, no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, mas, também trabalha com pintura, fotografia, produção de vídeos e ilustrações. Paixões que descobriu quando criança onde começou a esboçar os seus primeiros traços.
Mas foi aos 18 nos que “migrou” das telas para as paredes, pois, como diz, tinha “vontade de fazer algo diferente”, que lhe caracterizasse e, ao mesmo tempo, que as “pessoas se identificassem”. O jovem conta que a arte que expressa é inspirada, essencialmente, no quotidiano que o circunda.
“A nossa realidade inspira-me, Cabo Verde inspira-me, o nosso dia-a-dia as nossas vivências e tudo que nos rodeia”.
Actualmente o “grafitter” está “focado” em desenvolver uma marca de t-shirt’s, outro formato para expressar a sua arte, mas sonha em levar a sua arte mais “longe”. “Como a Cesária quero que as pessoas conheçam Cabo Verde através da minha arte”.
Enquanto isso não acontece, Aldair Neves conta que a sua arte pode ser encontrada nas ruas de Espargos e Palmeira, no Sal, em Fonte Filipe, em São Vicente, na praia de “body board”, no Paul, Santo Antão, e, em breve, “em todo o território nacional”
Aos amantes da pintura e de todos os que querem seguir esta área, Adi lembra que é a prática que leva ao desenvolvimento artístico e pessoal.
“Há dias que vai parecer mais difícil e é normal perder o ânimo, mas independentemente de tudo isso, é importante manter-se sempre focado nos nossos objectivos”, finaliza o jovem. CA