O país quer situar-se entre os 10 melhores países africanos com melhores indicadores e índices de segurança rodoviária.
Essa é uma das metas que constam do Plano Nacional Estratégico de Segurança Rodoviária para o período 2021-2030, apresentado hoje na cidade da Praia, no quadro do Dia Nacional da Segurança Rodoviária, que se assinala esta terça-feira,30, em Cabo Verde.
Este plano, conforme o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, visa a melhoria da segurança rodoviária no país e a promoção de uma cultura de civismo rodoviário nas estradas e nos cidadãos em geral.
“Cabo Verde deve ter como meta, em linha com o que se propõe através do plano nacional, reduzir drasticamente a relação de mortes na estrada por 100 mil habitantes ao longo dos próximos 10 anos, que neste momento é de 11, e situar-se entre os dez melhores países africanos com melhores indicadores e índice de segurança rodoviária”, apontou o governante.
Para Paulo Rocha, trata-se de metas centrais e comuns a todos os planos de ação a desenvolver e devem ser assumidas consistentemente.
Metas 2030
O ministro acredita que com base nessas metas o país alcançará em 2030 um sistema humanizado de transportes rodoviários que tem no utente da via, o centro de todas as preocupações e assente nos quatro pilares que enformam o sistema seguro, designadamente a velocidade segura, o veículo seguro, o comportamento seguro e a estrada segura, que devem ser encarados de forma integrada e complementar.
Na sua perspetiva esse “progresso significativo” só pode ser alcançado através de uma liderança nacional mais forte, da capacidade global, da implementação de estratégias baseadas em evidências e do envolvimento de todos os atores relevantes principalmente o sector privado.
“A segurança rodoviária é efetivamente uma responsabilidade de todos. Do Estado, das autarquias, das entidades gestoras de infraestruturas, organizações com responsabilidade na segurança e na mobilidade rodoviária, universidades, sector empresarial, agentes económicos, organizações não governamentais, meios de comunicação e todos nós os cidadãos através do nosso comportamento”, realçou.
Paulo Rocha acrescentou que o objetivo é de integrar contributos de toda a sociedade na definição desse plano nacional estratégico, de modo que todos se identifiquem com a nova estratégia e contribuam para o combate à sinistralidade rodoviária.
Conforme indicou, o sector dos transportes rodoviários tem conhecido “avanços significativos” nos domínios da organização, da qualidade do serviço prestado, da regulamentação das atividades, da fiscalização aos transportes públicos e do trânsito no domínio da circulação e segurança rodoviária.
Cabo Verde tinha até 2020 um parque automóvel composto por 82.692 veículos e regista o aumento gradual de ano para ano de número de acidentes e de feridos ligeiros.
O número de vítimas mortais tem-se mantido estável com tendência para diminuição, mas ainda longe da meta da redução para pelo menos 50% até 2030, conforme frisou o ministro da Administração Interna.
O Plano Nacional Estratégico de Segurança Rodoviária 2021-2030 sob a responsabilidade da Direção-Geral dos Transportes Rodoviários (DGTR) conta com o financiamento do Banco Mundial e a sua implementação deve arrancar no próximo ano, conforme avançou a diretora, Dina Estela Andrade.
C/Inforpress