Sandro Lopes, jovem artista plástico e designer, é o autor da exposição de pintura “Reflex d’ nha alma”, patente ao público até terça-feira, 30, no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na Praia. O estudante universitário de Design afirma que essa amostra é fruto do seu “muito trabalho” para o seu aprimoramento artístico e individual.
Em “Reflex d’Nha Alma” Sandro Lopes diz procurar mostrar todos os sentimentos e reflexos de sua alma, num tempo tão difícil como este em que o mundo se encontra.
“Esta exposição individual tem um grande significado para a minha carreira artística, porque é o resultar de um trabalho árduo para mostrar todo o meu progresso artístico. É o culminar de todas as minhas técnicas e experiências adquiridas durante todo esses anos”.
Seguro e confiante das suas potencialidades, Sandro confessa que gostaria de levar esta exposição a outras ilhas do arquipélago, ou então ex Sandro Lopes expõe-se em “Reflex d’ nha alma” por numa galeria internacional no próximo ano e, ainda, iniciar um projecto de arte urbana destinada ao seu bairro, Terra Branca.
O primeiro convite
Em 2018 Sandro Lopes começou a dar os primeiros passos no mundo da arte em termos profissionais, a partir de um convite feito pelo próprio irmão, Carlos Lopes, que também é artista plástico e professor de artes visuais.
Mas a paixão pelas telas já tinha começado há muito tempo, em 2013, “quando passei a seguir as linhas do meu irmão e juntos fazíamos várias pinturas. Também tinha o costume de ler muitos livros sobre a história da arte e de grandes artístas como: Davinci, Pablo Picasso, Michel Basquiat, Jacskon Pollock, Van Gogh, Frida Khalo e entre outros”.
Desafios Artísticos
Os desafios não estão isentos da carreira artística deste jovem talento. “Um dos maiores desafios que enfrentei era o de realizar uma exposição a solo e obter o devido reconhecimento… Tento dar o meu melhor em cada arte feita para passar uma mensagem atractiva através das pinturas, por isso sempre que tenho um desafio, observo como uma responsabilidade acrescida e um factor motivador, para fazer melhor do que é esperado de mim”.
Este entrevistado indica que um outro momento desafiante da carreira foi a sua participação na bienal de Jovens Criadores da CPLP, em Luanda. “Era a primeira vez que mostrava o meu trabalho fora do país, então senti uma grande responsabilidade sobre a minha pessoa por isso foi muito desafiante… Foi uma experiência interessante, aprendi com outros artistas dos países vizinhos e agora tenho novos desafios que é levar a minha arte além das fronteiras nacionais”.
Sandro Lopes salienta que o apoio e a aposta nos artistas nacionais, sobretudo nos mais jovens, são de extrema importância para que estes tenham a motivação de continuar no seu trabalho.
No seu caso, fez a sua primeira exposição, “Kabu Verdi Contemporâneo”, em 2018, no Centro Cultural da Cidade Velha a convite da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago. Nos últimos anos foi convidado para participar no projecto Xalabas na Achada Grande Frente e na exposição colectiva “Palácio Fora de Portas”, no Hotel Pérola em 2018.
Também participou numa colectiva de “Jovens Talentos”, na Universidade Jean Piaget, e na IX Bienal de Jovens Criadores da CPLP, em Angola, entre outras.
Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 743, de 25 de Novembro de 2021