PUB

Sociedade

Cruz Vermelha: Arlindo de Carvalho desafia o “pequeno grupo” a recorrer ao Tribunal

Em resposta às acusações do grupo de voluntários que consideraram “ilegal” a VII Assembleia Geral da Cruz Vermelha de Cabo Verde que arrancou ontem, sexta-feira,26, o presidente cessante desta organização humanitária, Arlindo de Carvalho, refutou tais acuações e desafiou o “pequeno grupo” a recorrer ao Tribunal.

À margem da Assembleia Geral que decorre em Cidade Velha, Arlindo Carvalho, explicou que o evento “resulta dos estatutos, que dispõem que a Assembleia Geral da Cruz Vermelha deve reunir-se de quatro em quatro anos” esclarecendo que “é isto que está a acontecer”.

À Inforpress, o presidente cessante avançou ainda que o “barulho que o pequeno grupo, que nem sequer está em dia com os acontecimentos da Cruz Vermelha, disse que foi ao Tribunal, mas até ao momento não fomos notificados”.

Arlindo Carvalho continuou explicando que “este mesmo pequeno grupo já tinha ido à Presidência da República e ao primeiro-ministro e nada resultou”, lembrando que estes “ditos voluntários não participam nas actividades da Cruz Vermelha, sobretudo em situações de crise”, exemplificando a situação de pandemia de covid-19 que afirma “não se registou a presença desses ditos voluntários”.

“Não vou responder a essas pessoas…”

Por outro lado, este avançou que “eu, Arlindo [Soares de Carvalho], enquanto presidente da Cruz Vermelha, não vou responder a essas pessoas, porque se eu falar muita coisa vai complicar-se. Deixemos a Cruz Vermelha fazer o seu trabalho. Quem quiser ajudar, que venha, em vez de estar ali na praça pública a tentar denegrir a imagem dos seus órgãos”, sugeriu.

“Não temos problemas com nada”

Relativamente à impugnação da XII Assembleia Geral, o presidente cessante responde: “Disseram que foram impugnar as decisões da última assembleia extraordinária em 2020 e até hoje não fomos notificados pelo Tribunal. Agora, dizem que vão impugnar, então que avancem. Não temos problemas com nada. Estamos em consonância com a lei e com as normas [estatutárias] e vamos realizar a nossa assembleia na normalidade”.

“Voluntários não tem salário”

Relativamente à acusação de que o presidente e o vice-presidente têm salário na CVCV, afiançou que “na instituição os voluntários não são pagos”.

“Mas, há uma regra do movimento internacional. Quando você tem um trabalho que é remunerado, existindo um voluntário com requisitos para tal, a prioridade vai para o voluntário”, explicou, acrescentando que na Cruz Vermelha “não pode haver espaço para escravatura”.

Para Arlindo Soares de Carvalho, todas as decisões tomadas mereceram a anuência dos órgãos superiores da CVCV pelo que “eles querendo, devem aproximar-se da Cruz Vermelha, em vez de estarem aí a apedrejar. A Cruz Vermelha é uma instituição muito sublime. Não se pode ataca-la”, sustentou, concluindo que o referido grupo pretende fazer um charme negativo em relação à instituição.

De salientar que a XII Assembleia Geral da CVCV que decorre em Cidade Velha, sob o lema “Juntos somos imparáveis” conta com a participação dos 19 presidentes dos conselhos locais, representantes da juventude, membros cessantes do Conselho Superior, consultores e encarregados dos programas.

Os objectivos principais do evento de dois dias, ontem e hoje, (26 e 27 de novembro) é fazer o balanço do último mandato e escolher os novos órgãos superiores que tem como candidato único o actual presidente, Arlindo Carvalho, por mais quatro anos.

C/Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top