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São Vicente

Doentes renais passam dificuldades com dois meses de atraso no pagamento da pensão

Doentes renais, em tratamento de hemodiálise no Hospital Batista de Sousa, oriundos de outras ilhas, alegam que há dois meses que não recebem a pensão do sistema não contributivo por incapacidade laboral.

Conforme os pacientes, este atraso tem-lhes provocado dificuldades “indescritíveis”, sendo que sem os 40 mil escudos mensais, alguns cogitam abandonar o tratamento caso a situação perdure.

“Estamos numa situação complicada aqui em São Vicente. Tenho alguns ‘colegas’ que até já estão a desistir do tratamento e da vida, pois, quando regressam do hospital nem sequer têm um pão para comerem em casa (…) Dizer também que devem pagar os dois meses de pensão em atraso, pois já estamos com outros tantos meses de aluguer atrasado e sem energia elétrica”, conta Edna Gomes, paciente oriunda da ilha de Santo Antão.

“Devo dois meses de renda, luz, água, tenho problemas com a alimentação e a minha família não tem condições para me ajudar. Neste momento são outros pacientes que me têm desenrascado. Estou numa situação complicada em São Vicente. O que peço ao Ministério da Saúde é para verem se conseguem resolver o nosso problema ou pelo menos dar-nos uma satisfação” remata, Klisman José, natural da ilha do Sal que há quatro anos depende da hemodiálise e de remédios que custam 19 mil escudos.

Devido à condição de doentes renais estes utentes estão sujeitos a uma alimentação cuidada e de muitas restrições, o que lhes dificulta ainda mais o quotidiano.

As deslocações das suas residências para as sessões de hemodiálise representam outra faceta de dificuldades para estes doentes, que não têm dinheiro para pagar o transporte de volta a casa.

Segundo avançou hoje a RCV, a direção clínica do Hospital Batista de Sousa prometeu esclarecimentos sobre este tema, após a devida autorização do Ministério Saúde para o efeito.

C/RCV

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