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Eleições só em 2023: Acordo restaura Poder no Sudão

imagem: expresso.pt

Quase um mês após o Golpe de Estado, orquestrado pelos militares, o Primeiro-Ministro (PM) do Sudão, Abdallah Hamdock, chegou a Acordo com os insurgentes para voltar a assumir funções, respeitando, ao que tudo indica, “o Compromisso de Partilhar o Poder com as Forças Armadas”, até 2023, ano em que o País deverá realizar as suas primeiras Eleições Livres.

O secretário de Estado Norte-Americano, Antony Blinken – relata o portal pt.euronews.com -, tinha vindo a repetir apelos para o regresso do PM Hamdock e a libertação dos ministros e dirigentes detidos a 25 de Outubro.

No entanto, a contestação não deverá ficar por aqui. Têm-se multiplicado protestos de Movimentos Civis, para que os militares liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhane, que colocou Hamdock em Prisão Domiciliária, sejam afastados do Poder.

A repressão das Manifestações terá provocado, pelo menos, 40 mortos.

Lembrete…

A 25 de Outubro, o general Abdel Fattah al Burhan, Comandante do Exército e autor do Golpe, pôs fim à instável Transição, há meses em curso naquele País de África. Ele ordenou a prisão de quase todos os civis no Poder, acabou com a União formada por civis e militares e decretou Estado de Emergência.

Desde então, protestos contra o Exército tomaram as ruas, em especial em Cartum – A Cidade-Capital -, para reivindicar o retorno ao Poder de um Governo Civil. Em geral, estas manifestações têm sido duramente reprimidas pelas Forças de Segurança.

No sábado, 20, centenas de manifestantes tomaram as ruas de Cartum Norte, nos arredores da Capital, construindo barricadas e queimando pneus.

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