A secretária de Estado da Inclusão Social, Lídia Lima, solicitou o apoio dos pais e da sociedade civil para resolver problemas que passam as crianças e adolescentes.
A governante falava, no Mindelo, na abertura do Fórum Infanto-juvenil municipal de São Vicente, que tem como lema “Para todas as crianças, todos os direitos” e enquadrado nas celebrações do Dia Mundial da Criança e do 32.º aniversário da Convenção dos Direitos da Criança.
O atual Governo, segundo a mesma fonte, definiu a criança como prioridade absoluta e neste sentido, ajuntou, esforços estão a ser feitos para reforçar a intervenção do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA) e das Organizações Não Governamentais (ONG) que lidam com essa faixa etária.
“Esforços esses que estão sendo traduzidos na melhoria das condições técnicas e humanas das instituições e na criação de novos projetos que visam aumentar os apoios às crianças”, sublinhou.
Para a secretária de Estado, muito tem sido feito, mas ainda persistem problemas como a violação sexual de crianças, abandono escolar, crianças em situação de rua, prostituição sexual infantil e que para resolução devem contar com o apoio da família e da sociedade civil.
“As crianças devem colaborar ouvindo os conselhos dos pais, familiares e professores e ficando atentas a tudo aquilo que sabem que não é saudável para o seu crescimento e o seu futuro”, alertou, pedindo aos participantes mirins para denunciarem todas as situações que os “fazem infelizes ou de abuso e maus tratos, confiando nas autoridades do País”.
Da parte da Câmara Municipal de São Vicente, o representante José Carlos da Luz considerou que sucessivos governos priorizaram o apoio às famílias, tendo em conta que “o equilíbrio familiar é um dos pressupostos para o bom equilíbrio da criança”.
“Este fórum é um mecanismo criado para a inclusão das crianças na busca de soluções dos problemas que as apoquentam e permitindo que estas gozem da liberdade de direito e de exteriorização dos pensamentos e desejos”, advogou o vereador, esperando através deste debate identificar os avanços registados e os desafios que os decisores terão de enfrentar para “atender eficazmente” às preocupações dos jovens e adolescentes.
A delegada de Educação, por seu lado, afiançou que o fórum repartido em dois grandes temas, “Violência no namoro” e “Educação Ambiental e preservação dos oceanos” permitirá às crianças terem “vez e voz” com “assuntos pertinentes” escolhidos por elas mesmas.
Por isso, exortou, devem sempre continuar com “foco e determinação” e fazerem-se ouvir com “boas escolhas” para passar aos pares, o que, “normalmente, funciona muito bem”.
C/Inforpress