A jovem Vânia Gomes apresentou formalmente uma queixa junto das autoridades judiciais, por negligência médica, e falta de profissionalismo na morte do seu filho recém nascido, na passada segunda-feira,15, no Hospital São Francisco de Assis.
A jovem acusa uma enfermeira do Hospital São Francisco de Assis, em São Filipe, Fogo, de uma alegada falha na ligação de oxigênio, o que, segundo a jovem, poderá ter culminado na morte do bebé, alegando que ouviu comentários entre médicos e enfermeiros.
“Ouvi uma médica a comentar, dizendo que o oxigénio estava 100 por cento (%) e que a enfermeira não abriu o oxigénio antes de sair com a criança para o aeródromo”, disse a jovem para quem a morte do filho é uma consequência directa da negligência do pessoal do hospital regional.
O bebé seria evacuado para o Hospital Augustinho Neto, na Praia, mas no caminho terá “ficado roxo”, o que obrigou ao retorno ao hospital.
“Foram fazer o check-in e fomos, de hiace, para o aeródromo, depois de o avião ter chegado da Cidade Praia, e como a criança estava a chorar, no carro, e no aeródromo, a enfermeira ao ver que a mesma estava roxa, levantou, saiu das instalações do aeródromo, juntamente com uma senhora, apanhou um táxi e levou a criança ao hospital, sem dar qualquer satisfação”, disse Vânia Gomes, sublinhando que ficou sozinha e a chorar porque não sabia o que aconteceu.
As circunstâncias
A jovem, através de contacto telefónico, avançou à Inforpress que no dia 14 de Novembro, estando nos Mosteiros, onde reside, sentiu dores de parto e deslocou-se de imediato ao Centro de Saúde.
Como estava prestes a ter o bebe, foi encaminhada, de ambulância, para a maternidade do Hospital Regional São Francisco de Assis, em São Filipe.
Mal chegou a este estabelecimento hospitalar, contou, foi de imediato para a sala de parto, tendo dado à luz, logo de seguida, sublinhando que a criança chorou e estava tudo correcto, tendo sido levado para o quarto.
Depois, explicou, uma enfermeira levou o recém-nascido para o quarto e dormiram juntos, mas o mesmo “estava a cuspir, a mexer e a chorar”, mas depois dormiu, aparentemente, sem problemas.
No dia seguinte, 15 de Novembro, uma enfermeira, que a jovem mãe diz desconhecer o nome, mas garante que é capaz de a descrever, vestiu e ligou o oxigénio ao filho, mas, segundo alega, “quase não abriu algo”, pelo que diz que só compreendeu o que aconteceu, depois do bebé ter morrido.
A direcção do Hospital Regional São Francisco de Assis, contactada telefonicamente pela Inforpress, limitou-se a afirmar que o processo está em averiguações internas e que assim que for concluído prestará “as necessárias informações”.
C/Inforpress