“Futur passod na presente” é o nome escolhido para batizar o mais novo álbum do rapper Revan Almeida, natural de São Nicolau, radicado no Mindelo. “Como quem ouve uma melodia muito feliz” é a ressignificação da frase de Baltasar Lopes, uma das referências deste projecto que une o rap à música tradicional de Cabo Verde.
O álbum foi lançado esta quinta-feira, 18, em Mindelo. Segundo o autor, é uma viagem do rap à música tradicional de Cabo Verde, tanto na forma musical, como na sua temática.
O ouvinte, garante Revan Almeida, vai poder se deliciar com o rap sem perder o seu groove original, ao mesmo tempo que é envolvido por melodias da música das ilhas, regadas com letras cujas temáticas vão de encontro com o quotidiano cabo-verdiano.
O álbum visita estilos como coladeira, morna, mazurka, batuku, finason, funaná, entre outros.
“Em cada visita constata-se que o tema escolhido coincide perfeitamente com a os temas da esfera musical deste mesmo estilo”, propondo o que Revan chamou de “continuidade”.
“Desde a intervenção e crítica social, à coladeira, a valorização de costumes, problemáticas sociais, desafios de sobrevivência, sátiras, novas formas de “sodade” e resiliência”, indica a mesma fonte, em comunicado enviado à imprensa.
Neste trabalho, o jovem pretende, para além de conhecer melhor a música tradicional cabo-verdiana, aproveitar da sua “rica herança”, para a criação de um diferencial na sua própria música.
Como quem ouve uma melodia muito feliz
Uma das referências utilizadas veio do livro Chiquinho, de Baltasar Lopes da Silva, do qual o jovem faz uma reinterpretação.
O álbum resulta de um trabalho de quatro anos, cujo conceito surgiu em 2017, após o lançamento do álbum “Retardado do Futuro”.
O seu lançamento coincidiu ainda com a comemoração dos sete anos da editora Kaza Preta.