O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, inaugura hoje,18, a embaixada de Cabo Verde na Nigéria que também vai representar Cabo Verde junto da CEDEAO em Abuja.
Para Ulisses Correia e Silva, a embaixada de Cabo Verde na Nigéria vai reforçar a presença diplomática de Cabo Verde na comunidade regional.
“Vai permitir maior proximidade de estarmos por dentro dos dossiês, por dentro daquilo que são as decisões e influenciar também. Cabo Verde vai estar presente como uma presença mais ativa e mais forte”, reitera Ulisses Correia e Silva.
Segundo o chefe do governo, a meta é provar que Cabo Verde precisa de um estatuto diferenciado por ser o único país arquipélago da CEDEAO.
“Não só a nível da vulnerabilidades, mas ao nível de projetos que muitas vezes são realizadas a nível do continente, mas não beneficiam Cabo Verde no setor rodoviário, ferroviário, todas as infra-estruturas continentais não beneficiam Cabo Verde. Temos a questão da moeda, da tarifa externa comum, da própria livre circulação que deve levar em conta o facto de sermos um pequeno país insular, temos de fazer valer as suas potencialidades”, considera o primeiro-ministro.
Conforme avança UCS, todas essas questões já estão sob a mesa para uma discussão mais aprofundado com os parceiros e participantes da CEDEAO. No entanto, admite que o trabalho é árduo, por se estar a lidar com países com “grande influência”.
“Não é fácil porque a CEDEAO é constituído por países continentais e muito não tem um conhecimento muito aprofundado da realidade cabo-verdiana. Não estou a falar apenas dos políticos, mas da sociedade, empresários, pessoas. Precisamos fazer com que esses conhecimentos exista de uma forma mais intensa. Têm de vir a Cabo Verde ou ter informações sobre Cabo Verde para saberem que temos potencialidades pelo facto de sermos arquipélago e temos condições diferenciados relativamente à nossa geografia e economia”, admite UCS.
O primeiro-ministro e sua comitiva viajam hoje à tarde para a Nigéria para uma visita oficial de 24 horas.
C/ RCV