O Ministro da Família, Desenvolvimento e Inclusão Social, Elísio Freire, reconheceu hoje, em visita a uma escola de ensino básico destinada a crianças surdas, que em Cabo Verde ainda existe desigualdade no que tange ao ensino de crianças com deficiências auditivas.
Na Escola Básica do Brasil, em Achada Santo António, Praia, só estudam alunos surdos, um total de 30 alunos da primeira à sexta classe. Os professores são todos formados e capacitados em linguagem de sinais.
“Aqui na Praia esta escola é uma referência para trabalhar com crianças surdas, o nosso objetivo é fazer isso chegar um pouco por todo país”, declara Freire, ao mesmo tempo que reconhece que, “neste momento, as oportunidades não são iguais entre uma criança surda que está noutra ilha e uma que vive aqui na Cidade da Praia”.
Para colmatar tal situação, o governante considera ser necessário trabalhar para incluir aqueles que no momento não estão a ter acesso à educação.
“O nosso trabalho, ao longo do ano 2022 vai, a nível do orçamento do Estado, fazer um reforço na parte do ministério da Família e Inclusão Social para incluir estas crianças, melhorando e criando estruturas de referência que possam acolher crianças das outras ilhas”.
Para além disso, avança, também, que se vai investir em reforço de formação de intérpretes de linguagem gestual, que é uma das grandes entraves à inclusão de alunos surdos no sistema de ensino no país.
C/RCV