O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse esperar que o novo Presidente da República, JMN, tenha uma boa colaboração com o Governo e outros órgãos de soberania.
Ulisses Correia e Silva, que falava aos jornalistas, ontem no final da cerimónia de empossamento de José Maria Neves, como quinto Presidente da República de Cabo Verde, mostrou-se convicto de que o novo Chefe de Estado irá utilizar a sua magistratura de influência para fazer cumprir a Constituição e impulsionar positivamente o desenvolvimento do país.
O chefe do Governo garantiu que a coabitação política nunca esteve em causa, sendo que a mesma já resulta do quadro constitucional definido no país onde as competências e atribuições estão bem definidas.
Ulisses Correia e Silva afirmou que a positividade está no ar e que falta apenas fazer acontecer.
“Do Presidente da República esperemos que faça o seu papel sendo que a Constituição define claramente as competências e atribuições do PR, segundo o discurso de José Maria Neves não há preocupação em termos de estabilidade e coabitação, sendo que há boas relações, quer institucionais quer pessoais”, apontou.
Essa disponibilidade, segundo o primeiro-ministro, é boa para a democracia cabo-verdiana e também para o desenvolvimento do país, tendo em conta que a democracia fica mais madura sempre que acontecem eleições e que se consegue passar uma mensagem de tranquilidade para as populações.
Medo?
Questionado sobre o facto de o novo Presidente da República afirmar que há um clima de medo em Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva disse que não concorda porque no país as pessoas são livres de se expressarem e de assumirem as suas responsabilidades.
“Hoje em dia há cada vez mais redes sociais onde todos dizem e até ultrapassam os limites. Não creio que haja clima de medo em Cabo Verde muito menos clima de medo institucional”, apontou.
C/Inforpress