As tarifas de eletricidade praticadas em Cabo Verde deverão ficar estabilizadas, e mais baratas em 2023 graças à injeção de energias renováveis na rede nacional diz o diretor do Serviço de Energia.
Segundo o diretor do Serviço de Energia, da Direção Nacional da Indústria Comércio e Energia, Ariel Assunção, até 2030 Cabo Verde visa injetar 50% de renováveis na rede nacional de energia elétrica.
Com esta intervenção o Governo mira a redução tanto dos preços das tarifas, como da dependência de importação dos combustíveis fosseis, sendo que os cabo-verdianos devem sentir os efeitos desta redução já a partir de 2023.
“Quanto mais renováveis conseguirmos ter na rede, a poupança será significativa a nível das tarifas, sendo que os preços são cada vez mais reduzidos e as tarifas serão fixas. Isto quer dizer que não serão voláteis com a importação de combustíveis e haverá uma maior previsibilidade a nível tarifário”, justificou o diretor do Serviço de Energia.
Ariel Assunção refere-se às centrais solares já construídas em Cabo Verde e ainda às projetadas, como as das ilhas do Sal e São Vicente, cujos concursos foram suspensos no ano passado devido ao contexto pandémico, mas que já estão em andamento.
Representantes das onze empresas nacionais e estrangeiras pré-selecionadas do concurso público para a construção dos parques solares farão hoje e nos próximos dias o reconhecimento dos terrenos onde serão edificadas as centrais.
Já as propostas técnicas e financeiras finais dos projetos deverão ser apresentadas até ao final deste mês de novembro para avaliação, seleção, licenciamento junto das câmaras municipais, estudo dos impactos ambientais e, por fim, a licença de instalação das obras.
“A partir do segundo semestre de 2022, cumpridos todos os prazos, já será possível começar a construção dos referidos parques. Em 2023 já contamos que os parques estejam operacionais, ejetando energia limpa na rede”, destacou o diretor do Serviço de Energia.
Lançado no ano 2000, o concurso abrange a construção de duas centrais solares nas ilhas do Sal e de São Vicente com a capacidade de produção de 5 megawatts (MW) de eletricidade no regime de produtores privados e independentes.
C/RCV