Os herdeiros do médico e escritor Henrique Teixeira de Sousa concederam à Fundação Casa das Bandeiras, no Fogo, os direitos autorais das obras do autor, com exceção do romance “Oh! Mar de Túrbidas Vagas”, editado em 2005.
A Fundação Casa das Bandeira, que já é detentora do espólio cultural do escritor e médico, Henrique Teixeira de Sousa, passa agora a deter os direitos autorais sobre as suas obras.
Entre as obras se encontra “Contra Mar e Vento” (conto 1972) e “Ilhéu de Contenda” (1978) e que foi adaptada para o cinema pelo realizador Leão Lopes, “Capitão de Mar e Terra” (1984), “Xaguate” (1987), “Djunga” (1990), “Na Ribeira de Deus” (1992) e “Entre duas Bandeiras” (1994).
Obras que a Fundação Casa das Bandeiras tem agora luz verde para reeditar, ficando de fora desta lista o romance “Oh! Mar de Túrbidas Vagas” (2005).
De acordo com o administrador da Fundação Casa das Bandeiras, Henrique Pires, esta instituição pretende preparar junto da Biblioteca Nacional a reedição da colectânea de contos “Contra Mar e Vento”, editada em 1972, prevendo “uma grande tiragem” para que possa ser vendida a preço acessível aos estudantes.
Com a reedição das obras, algumas das quais não se encontram no mercado, pretende-se colocar os livros na livraria da Casa das Bandeiras, assim como nas demais livrarias do país, para que as pessoas possam ter acesso às obras do escritor.
Neste sentido, a Fundação diz que vai mobilizador patrocinadores para a reedição das demais obras do escritor, que “melhor retratou a vivência da sociedade foguense”, o objetivo é por ocasião do primeiro de Maio, e no ano do centenário da elevação de São Filipe à categoria de cidade, ter todas, ou pelo menos, a maioria das obras de Teixeira de Sousa reeditadas.
Para a realização desta empreitada Henrique Pires, disse já ter solicitado o apoio da Biblioteca Nacional e do próprio ministro da Cultura, que ficou de apoiar a Fundação com um técnico especializado na organização dos documentos, incluindo a sua digitalização para que possa estar disponível ao maior número de pessoas.
C/Inforpress