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Política

Presidenciais: Exercer um dever cívico com “orgulho”

Apesar de ser domingo, às 7h da manhã algumas pessoas já estavam à porta das assembleia de voto na capital do país, para exercer um dever cívico e um direito de todos os cidadãos. Dos mais novos aos mais velhos, o foco é o mesmo. Dar o seu contributo para a edificação da democracia no país e expressar, através do voto, a visão de futuro que querem para Cabo Verde.

Erick Soares, de 23 anos, apesar de viajar hoje, dirigiu-se, às 7h da manhã, à assembleia de voto da Escola Secundária Abílio Duarte, em Palmarejo, para escolher quem deseja ver no cargo de Presidente da República de Cabo Verde.

“Não queria deixar de exercer o meu dever, até porque eu gosto muito de política. É importante votar, mesmo que seja voto nulo, ou em branco, todos devem exercer esse direito e dever, para que os níveis de abstenção não façam escola no país”, declarou o jovem.

O mesmo diz Francisco Paula e Silva, de 53 anos.

“É, sem dúvida, de grande importância. São candidatos à disputa, à liderança e condução do país, e acho que é muito importante que todo o cidadão exerça o seu direito de voto, para colaborar e decidir o destino do pais”, declarou.

Francisco Silva considera que a abstenção poderá ser alta, mais uma vez, nestas eleições e justifica dizendo que a população está desacreditada na política e nos políticos, de forma mais específica.

“Os próprios políticos não estão a dar essa confiança ao cidadão e, isso, faz com que muitas pessoas percam a vontade de votar”, acrescentou, exortando a todos que se dirijam às urnas, ainda que seja para manifestar o seu desagrado, através de outras forma de protesto, como é o caso, por exemplo, do voto em branco.

Considera, ainda assim, que os políticos não estão a fazer a devida leitura destas manifestações silenciosas, nem a tirar as ilações necessárias.

“Verificamos isso nas eleições anteriores, em que houve uma manifestação desta natureza, mas não se tirou nenhuma ilação disso”, concluiu.

De recordar que estas são as sétimas eleições presidências a acontecer no país, desta feita com um número recorde de candidatos. Entre os sete na disputa, Carlos Veiga e Joaquim Monteiro concorrem pela terceira vez, enquanto que Hélio Sanches, Casimiro de Pina, José Maria Neves, Gilson Alves e Fernando Rocha Delgado participam pela primeira vez. 

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