O candidato a presidente da república, nas eleições do próximo dia 17 de Outubro, Carlos Veiga, apelou ontem no Mindelo, a uma “votação expressiva”, como diz, para ajudar a resolver a questão da regionalização.
Carlos Veiga esteve ontem no Mindelo, pela última vez, antes do domingo, 17, dia de eleições, onde realizou um comício-festa à noite, no Mindelo. Perante o eleitorado presente, explicou que nesta corrida não está em causa o partido, mas sim pessoas e o futuro da estabilidade política e governativa no arquipélago.
Carlos Veiga que nestes últimos dias tem centralizado o seu discurso na “união” e desenvolvimento do país, realçou que o Presidente da República não governa, mas que, à luz da Constituição, tem um papel importante e que vai colocar ao serviço da Nação toda a sua experiência acumulada, por entender que o seu “legado dá confiança a partidos do Governo, a partidos da oposição e a cidadãos independentes”.
Magistratura de influência
Das suas propostas apresentou aos mindelenses a sua intenção de, se eleito PR, exercer a magistratura de influência para resolver a questão da regionalização, que considera uma necessidade para o desenvolvimento “equilibrado e harmonioso” das ilhas. Isto, para além de políticas para a juventude cabo-verdiana baseadas na criação de novas oportunidades e uma atenção especial à justiça como uma das bandeiras da sua presidência aberta.
No seu apelo ao voto disse que a sua candidatura é a “melhor de todas”, considerando que outras “representam um risco grande para criação de mais desigualdades sociais e pobreza extrema no país”. Um discurso que fez na companhia dos presidentes do MpD e da UCID, à semelhança do comício de Porto Novo.
15º dia campanha regressa a Santiago
Depois de ter deixado a ilha de São Vicente, Carlos Veiga regressou à ilha de Santiago, tendo programado para esta quinta-feira,14, uma volta à ilha em acções de campanha com paragens em Santa Cruz, São Miguel e Tarrafal.
Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto directo, universal e pluralista.
A eleição para o Presidente da República que sucederá a Jorge Carlos Fonseca, no cargo, acontece no próximo dia 17 de Outubro e concorrem sete candidatos: Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Alberto Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.