O candidato às eleições presidenciais de 17 de Outubro Joaquim “Djack” Monteiro disse esta segunda-feira,11, acreditar que Cabo Verde está num “período de mudança” e que essa mudança pode efectivar-se com a sua candidatura. Esta terça-feira,12, Djack Monteiro prossegue contatos na ilha de Santiago, mais precisamente em Rincão.
A constatação de que a sua candidatura poderá ser a candidatura da mudança, foi feita aos jornalistas, durante conversas com os vendedores do mercado de Sucupira, na Cidade da Praia, onde o auto-intitulado “candidato do povo” recebeu promessas de voto, tendo inclusive alguns comerciantes garantido que sempre votaram em Joaquim Monteiro.
“Nós que acompanhamos em 1975 a abertura da prisão aos presos políticos no Tarrafal e a mudança política de 1990, sentimos isto e esta mudança vai acontecer precisamente nessas eleições presidenciais”, disse Djack Monteiro.
O candidato diz crer que essa onda de mudança “pode cair” para a candidatura que quer “programar, planear e unir Cabo Verde” e para um Presidente “‘mais velho e experiente”, como é o seu caso.
“Santo Agostinho disse que água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. À terceira pode ser de vez”, observou o aspirante ao Palácio do Platô, que concorre pela terceira vez consecutiva à cadeira principal da presidência da República.
Djack Monteiro mostra-se ainda motivado com o facto dessas eleições contarem com sete candidatos ao cargo de PR, o que deixa transparecer que a “democracia chegou às eleições presidenciais” cabo-verdianas, para sua satisfação.
Preocupação com estado da agricultura
Na manhã de segunda-feira,11, Joaquim Jaime Monteiro esteve no município de Santa Cruz, onde constatou que, se a agricultura não for subsidiada pelo Estado vai “acabar, por se encontrar abandonada”, trazendo consequências para a população.
“Quando estava a recolher propostas para a minha candidatura, passei pela cooperativa Justino Lopes, nome de um combatente da liberdade da pátria, notei esse abandono”, observou Joaquim Jaime Monteiro, frisando que nos países avançados a agricultura é sempre subsidiada pelo Estado.
“Mas com os medíocre que temos em Cabo Verde, cuja política é o enchimento dos bolsos , não vamos a lado nenhum”, notou o antigo professor e combatente da liberdade da pátria.
13º dia campanha prossegue em Rincão
Hoje, o candidato presidencial vai estar na localidade de Rincão, no concelho de Santa Catarina, e no início da tarde volta à Cidade da Praia , para prosseguir a sua campanha até quinta-feira, 14, antes de viajar para a ilha do Fogo.
Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto directo, universal e pluralista.
A eleição para o Presidente da República que sucederá a Jorge Carlos Fonseca, no cargo, acontece no próximo dia 17 de Outubro e concorrem sete candidatos: Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Alberto Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.
C/Inforpress