De regresso a São Vicente, após três dias de campanha em Santo Antão, o candidato independente às eleições presidenciais, diz que os mindelenses “estão fartos” da dicotomia de dois partidos e “precisa-se de uma mudança” no país.
Gilson Alves retornou, na manhã desta segunda-feira, 4, à ilha de São Vicente, para ações de campanha pelos bairros de Fonte Francês, Bela Vista e Ribeira Bote, onde disse ter depreendido que os mindelenses “já estão fartos deste mal de dois partidos”.
“Toda a gente já sabe que o que está mal é a criação de duas elites, é transformar política num grande trabalho, num grande emprego, bem pago e com grandes regalias”, sustentou, fazendo analogia entre a política e o tráfico de drogas pesadas, que “pode ser visto pelos jovens como uma boa alternativa para fazer dinheiro”.
“Política já se transformou numa espécie de droga, passada de mão em mão, e então os jovens já estão a dizer que a melhor coisa a fazer na vida é entrar na política”, reiterou Gilson Alves.
Presidente com autoridade
Aquele candidato ao Palácio do Plateau, defendeu ainda umas das suas principais ideias de campanha, um sistema presidencialista, com “poder absoluto” como diz o lema da sua candidatura sem, no entanto, “ser ditador e nem sanguinário, mas um Presidente com autoridade”.
Cenário que representaria “um novo sistema, um novo recomeço, uma nova esperança” que Gilson Alves diz querer transmitir às populações durante os muitos dias de campanha, pois, garante, que se sente como um “educador” da população sobre a “nova forma de governação”.
“Acho que tenho de aproveitar a oportunidade de dar a conhecer algo que existe, mas que Cabo Verde vai gostar do que vai ouvir”, concretizou.
6°dia
Esta terça-feira, 5, sexto dia de campanha, o candidato independente continua a sua marcha pelo “Poder absoluto” pelos bairros de Madeiralzinho, Chã de Alecrim e ainda pelo centro da cidade do Mindelo.
Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto direto, universal e pluralista.
A eleição para o Presidente da República que irá suceder a Jorge Carlos Fonseca, no cargo, acontece no próximo dia 17 de outubro e concorrem sete candidatos: Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Alberto Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.
C/Inforpress