A candidatura de Carlos Veiga vai apresentar uma queixa-crime contra o candidato José Maria Neves, que no passado dia 3 de Outubro, alegou na imprensa que o Governo estaria a utilizar meios públicos na campanha eleitoral em benefício de um dos candidatos, referindo-se a Veiga.
Segundo os mandatários nacionais da campanha, no passado dia 3 de Outubro, o candidato à presidência da República, José Maria Neves alegou que “estariam a ser utilizados meios públicos na campanha eleitoral em benefício de um candidato”, e insinuou que “os cabo-verdianos se deveriam questionar sobre a origem do dinheiro gasto em campanhas luxuosas, num momento em que o País vive tamanhas desigualdades sociais, elevados níveis de desemprego e uma situação económica devastadora provocada pela pandemia”.
Diante destas acusações que chamaram de “insinuações graves, desrespeitosas e infundadas, com o objetivo único de beliscar a honorabilidade dos seus adversários e, mais grave, do próprio país”, a mesma candidatura decidiu que vai “de imediato”, apresentar uma queixa-crime contra José Maria Neves.
“Em política não vale tudo. A demagogia, o populismo, a intriga, a calúnia e o ataque ao bom nome dos adversários não serão tolerados por esta candidatura. José Maria Neves vai ter que provar em tribunal as alegações da utilização de bens públicos, equipamentos e materiais luxuosos, que acusa terceiros de utilizar nesta campanha presidencial. Vai, sobretudo, ter que provar onde residem as diferenças de meios utilizados pela sua e por esta candidatura”, disse o mandatário Adalberto Silva, em conferência de imprensa realizada nesta segunda-feira,4.
Demagogia
Considerou ainda as “alegações” de José Maria Neves, uma “tentativa demagoga de lançar a dúvida sobre a origem e montantes utilizados pelos outros” e considerou o acontecido “uma tentativa primária de colocar os cabo-verdianos a olharem para os gastos de campanha dos outros e não para os seus próprios, tentando disfarçar as suas próprias fragilidades políticas e eleitorais”.
Para Adalberto Silva, “o desespero eleitoral de José Maria Neves não lhe dá o direito de conspurcar a honra de ninguém” e “a verdade e a elevação constituem um imperativo no desempenho do cargo de Presidente da República” considerando que “ é por comportamentos como este que consideramos que José Maria Neves não reúne a elevação e o sentido de estado necessários para o desempenho das superiores funções da Presidência”, finalizou.