Simone Spencer é uma artista plástica cabo-verdiana, natural da ilha de Santiago. A infância e a família sempre tiveram uma grande influência na sua vida. Assim como as viagens e experiências durante o período académico. Conheça um pouco mais sobre esta jovem artista em ascensão.
Cresceu na sua ilha natal, primeiro com a mãe, que acabou por emigrar e, depois, com o pai, uma das suas maiores inspirações. Um homem “honesto” e com uma “ética” de trabalho “bastante forte”, como ela própria o define.
Além dele, a avó materna de Simone, que faleceu há poucos meses, também deixou marcas. “Uma das pessoas mais fortes, que já passou por tanto na vida, e que não tinha medo de nada”, lembra.
Durante a sua vida universitária, Simone Spencer viveu, durante sete anos, na República Popular da China, onde começou a estudar Design Artístico e, depois, acabou por mudar, formando-se em Linguística e fez Tradução e Interpretação. Neste período, a jovem aproveitou para viajar bastante, visitar galerias e museus, conhecer artistas de países diferentes e extrair o máximo de conhecimento que pôde.
Além de aventureira e autodidata, Simone gosta de ensinar e é apaixonada pelos estudos. Amante de ciência, física, química e biologia, esta jovem também se aventura pela escrita e pela leitura.
A artista
A arte chegou no seu tempo. Uma paixão que foi surgindo aos poucos e ganhando uma dimensão enorme na sua vida. Uma forma de se expressar, mas também de se encontrar, onde “desenhar”, “pintar”, e “criar” ganharam um novo significado.
Hoje, a artista plástica Simone Spencer já conta com exposições das suas obras nas ilhas de Santiago e em São Vicente, que, mesmo em tempos adversos, tiveram bastante adesão do público. Além disso, já participou em muitos eventos de cariz artístico.
Este ano, a jovem artista foi selecionada para o festival “Women on Walls”, um programa de curadoria para mulheres artistas, que vai acontecer em formato online. Foi convidada, também, a participar do festival de arte urbana, em Manaus, no Brasil, mas devido à pandemia de Covid-19 não poderá participar.
Para o futuro, Simone Spencer pretende continuar a pintar e a criar, investir na aprendizagem de novas técnicas e enveredar pelo caminho da arte urbana, que considera ser “uma arte de intervenção, uma arte fora de galeria, que é o futuro, e que ajudará muitas comunidades”.
