A CAF reprovou a utilização do Estádio Nacional, na cidade da Praia, para a realização de provas oficiais internacionais. Por trás deste impedimento está o estado do relvado sintético do recinto. O IDJ foi avisado com antecedência que o chumbo podia acontecer.
O Estádio Nacional está impedido pela FIFA e pela CAF de receber jogos internacionais, devido ao estado do relvado sintético, que já tem sete anos.
Assim sendo, o Estádio Municipal Adérito Sena, no Mindelo, que passou recentemente por obras de remodelação, passa a ser a casa dos Tubarões Azuis nos próximo tempos.
IDJ avisado
Recorde-se que no passado dia 7 de setembro a seleção nacional recebeu a Nigéria no Adérito Sena, palco que, daqui a menos de um mês, a equipa nacional volta a jogar, agora com a Libéria para a qualificação para o Mundial de 2022.
“O jogo de São Vicente [com a Nigéria] aconteceu porque o Estádio Nacional, onde a seleção vinha jogando, não foi licenciado pela FIFA e pela CAF. Mas, também sempre defendemos a descentralização dos jogos. Tendo em conta que neste momento existem condições no Estádio Adérito Sena, que é o campo que foi licenciado, vamos fazer esses jogos em São Vicente com todo o prazer”, explicou o presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol, em declarações à RCV, acrescentando que “o relvado é o principal ponto que ditou o não licenciamento da infraestrutura.”
Ainda segundo Mário Semedo, para que o Estádio Nacional possa voltar a ter licença para jogos internacionais, será necessário corrigir o que não está em conformidade com as normas da FIFA.
O dossier, diz Semedo, já está com o Instituto do Desporto e da Juventude (IDJ), entidade que gere o recinto.
“O Estádio Nacional é propriedade do Governo e é gerido pelo IDJ. Nós colocámos a questão e caberá ao Instituto resolver este problema, sendo certo que a Federação estará sempre pronta, no que for possível, para também apoiar” explicou o presidente da FCF adiantando que “sempre deu conhecimento ao IDJ dessa possibilidade, muito antes dela acontecer”.
A FIFA e a CAF têm apertado as exigências em relação à qualidade dos relvados em África. Neste momento, além de Cabo Verde, estão interditados os estádios nacionais da Guiné-Bissau, da República Centro Africana da Libéria, entre outros.
C/RCV
