PUB

Política

Educação: Novo ano letivo arrancou com “ausência de planificação” – PAICV 

O PAICV denunciou, nesta quarta-feira (15), que a “ausência de planificação, desorganização e marginalização dos professores”, nas alterações curriculares, condicionam o arranque do novo ano letivo.

Para o maior partido da oposição, o PAICV, o Ministério da Educação precisa de “mais sabedoria” para enfrentar os desafios propostos pelo novo ano letivo que arrancou esta semana.

“Não ouvimos as autoridades responsáveis pelos sectores Educativo e da Saúde a anunciarem apoio aos alunos mais carenciados com máscaras para garantir maior segurança e proteção, o que seria, de todo, conveniente”, disse, em conferência de imprensa, a secretária-geral adjunta do PAICV, Ana Paula Moeda.

Essa responsável partidária critica o Ministério da Educação e diz que o órgão precisa de “mais sabedoria” para enfrentar “com mais humanidade” os desafios da educação, sendo “gigantescos e decisivos” para o “futuro de um povo e para a sustentabilidade de um país”.

Ana Paula Moeda considerou que as notícias que chegam dos atores educativos “não são as mais animadoras” e contrariam o próprio lema que o ministério escolheu para este ano letivo, devido ao “descontrole e alguma desorientação” com que se iniciou o mesmo

A secretária-geral adjunta do PAICV há uma falta de organização e planeamento, bem como de orientações aos docentes e encarregados de educação o que leva o PAICV a crer que “não há confiança na comunidade educativa” e que a qualidade “estará comprometida”.

Ana Paula Moeda aponta casos de “salas impreparadas, ainda em obras, com alunos deslocados para outros espaços em alguns concelhos, assim como a alteração do plano curricular sem envolvimento dos professores”.

“Não se deu oportunidade aos docentes de, sequer, se manifestarem e isso é uma conquista que já foi consolidada e que agora cai por terra, a participação”, denunciou.

Ainda conforme a secretária-geral adjunta do PAICV, os professores tomaram conhecimento da supressão de duas disciplinas do 9º ano, Formação Pessoal e Social e Desenvolvimento Económico e Social, e a introdução de novas disciplinas, através dos horários que receberam, disciplinas novas “sem conteúdos, nem manual, nem fichas”.

“Muda-se de programa educativo e até a semana passada os professores não tinham conhecimento, nem tão pouco acesso ao novo programa. Disciplinas antes opcionais, como Tecnologia de Informação e Comunicação e Desenho passam a ser obrigatórias no 9.º ano, sem conhecimento dos docentes”, continuou.

Para o PAICV, está-se perante um “autêntico descaso e vazio de informação privilegiada aos docentes”.

“Turmas superlotadas em plena pandemia e contra todas as regras de ensino aprendizagem. Muitas turmas por estas ilhas, com 38 a 40 alunos, num retrocesso gigantesco. Falta de previsão, planeamento e organização, precisa-se de um tratamento sério destas matérias com mais dignidade e respeito pela comunidade educativa”, frisou.

A responsável do PAICV apela ao Governo “humanizar o sistema, zelar pelos legítimos direitos dos professores, centro nevrálgico do sistema, agir para uma Educação com foco nas pessoas, mas é preciso, acima de tudo, consegui-los da forma menos dolorosa possível”.

C/Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top