O presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, condena o Golpe de Estado na Guiné Conacri, apelando para a “normalidade constitucional”. Também a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CDEAO) já se posicionou contra o acto e exige a “imediata” e “incondicional” libertação do Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé.
“Independentemente da posição consensual da CEDEAO, como princípio condenamos qualquer tipo de intervenção militar, e intervenção em jeito de golpe de estado, porque vai ao arrepio das normas vigentes no país”, posicionou Jorge Carlos Fonseca citado pela Inforpress, na sua primeira reação sobre a instabilidade política vivida nas últimas horas na Guiné Conacri.
Jorge Carlos Fonseca, que neste momento se encontra de visita à ilha do Fogo, avançou que o acontecido “não é uma forma legítima de acesso e exercício do poder”, razão pela qual merece a “nossa condenação”.
Ainda segundo o chefe do Estado cabo-verdiano, tudo deve ser feito para que o Presidente da Guiné-Conacri e outros responsáveis políticos tenham “tratamento digno e humano”, e que “sejam libertados e não submetidos a tratamento inadequados”, e que tudo deve ser feito para que “seja reposta a normalidade constitucional”.
Independentemente do juízo de avaliação que se possa fazer sobre o funcionamento do sistema do governo e do regime, diz Jorge Carlos Fonseca, o golpe de estado “não é o meio adequado nem legítimo” para produzir alterações no sistema do governo e do poder político, porque, “há formas previstas na constituição e nas leis para fazer isso”.
A alegada tentativa de golpe de Estado na Guiné-Conacri foi também condenada pela CEDEAO, que exigiu a “imediata” e “incondicional” libertação do Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, assim como fizeram também a União Africana e a França.
De entre outras vozes “contra”, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, manifestou que condena “qualquer tomada de poder pela força das armas”, apelando através de uma publicação no Twitter, “à libertação imediata do Presidente Alpha Condé”.
C/Inforpress