Arlindo do Rosário liga o aumento do número de casos da Covid-19, com a passagem do estado de calamidade para o estado de contingência, ao mesmo tempo que apela à uma maior responsabilidade por parte da população.
Estas declarações do ministro da Saúde foram feitas no início da sua visita à ilha de São Vicente, onde aproveitou para mostrar a sua satisfação relativamente ao processo de vacinação que já conta com mais 82% da população elegível, vacinada com a primeira dose.
Arlindo do Rosário desdramatizou o aumento de casos de Covid-19 no país, considerando que já era esperado.
“Já era espectável este aumento de casos que tem acontecido, um pouco por toda parte. Quando mudamos as medidas, estávamos no estado de calamidade e agora no estado de contingência. As medidas agora estão menos restritivas, então há sempre esta possibilidade. E temos de levar sempre este aspeto em conta”, pontuou.
Questionado sobre a necessidade de se apertar a vigilância, o mesmo garante que a fiscalização tem funcionado.
Contudo, diz que o que se verifica é a falta de maior responsabilidade da população e acredita que é a cidadania e a atitude, de cada um, que terá um papel fundamental na erradicação da Covid-19.
“Continuamos a ver festas que estão sendo feitas sem nenhum controlo. A responsabilidade, mais do que ser dos promotores, é de quem vai para estas festas. Estamos numa fase de assunção desta pandemia, o comportamento individual e coletivo é que vai ajudar nesta pandemia, pois ainda não se descobriu algo que mate o vírus”, considerou.
Impactos
Em relação aos impactos da pandemia, segundo o ministro, há um aspeto que não tem sido muito aflorado, mas que existe. É a questão da saúde mental, em especial dos adolescentes e jovens.
Deste modo, Arlindo do Rosário avançou que, juntamente com o ministério da Educação, pretendem trabalhar neste tipo de situações, de forma a prestar um melhor acompanhamento.
Ainda durante a sua visita, e encontro com o delegado de Saúde de São Vicente, Arlindo do Rosário aproveitou para inteirar-se do acompanhamento dispensado aos doentes crónicos e da vacinação contra o HPV que, de acordo com o ministro, está tendo uma boa adesão.
C/ RCV
