A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil suspendeu a distribuição de 25 lotes com 12,1 milhões de doses da vacina anti-COVID-19 CoronaVac, por ter sido embalada numa fábrica chinesa não aprovada pelo Organismo Regulador brasileiro.
Em Comunicado – a que o jn.pt teve acesso -, a Anvisa anunciou a “interdição cautelar” dos lotes e a “proibição de distribuição”, depois do Instituto Butantan, Entidade do Estado de São Paulo responsável pela importação local da Vacina, ter notificado a procedência das vacinas.
“A unidade fabril responsável pela embalagem não foi inspeccionada e aprovada pela Anvisa, quando entregou a autorização para o uso de Carácter de Emergência da referida Vacina” do Laboratório chinês Sinovac, indicA o Órgão Regulador.
Outros 17 lotes embalados na mesma Unidade, com nove milhões de doses, estão “em tramitação de envio para o Brasil”, indicou a Anvisa.
A decisão, publicada no “Dário Oficial” do Brasil, foi tomada “com a intenção de evitar um possível risco sanitário iminente” para a população.
A vacina CoronaVac, do Laboratório Sinovac, produzida na China e no Brasil, através do Instituto Butantan, foi a primeira a ser administrada naquele País da América Latina, na Campanha de Vacinação iniciada a 17 de Janeiro, mas só possui autorização de uso, com Caráter de Emergência e não permanente, como as vacinas Pfizer-BioNTech, AstraZeneca e a Janssen.
O Brasil, um dos países mais afectados pela Pandemia, em números absolutos, ao lado dos Estados Unidos e da Índia, acumula quase 21 milhões de casos confirmados e mais de 583 mil mortes associadas à COVID-19.