Enquanto o Reino Unido está a preparar-se para conversações com os Talibãs, no Catar, e vários governos mundiais prontos para aceitar os novos governantes do Afeganistão, o Presidente dos estados unidos da América, Joe Biden, reafirma que a opção de deixar aquele País da Ásia, foi “a decisão certa”.
“Estávamos perante uma decisão simples: Ou honrávamos o compromisso da anterior Administração de deixar o Afeganistão ou teríamos de mandar mais dezenas de milhares de Tropas para a Guerra. Tivemos de optar entre uma saída e uma escalada”, reitera o Presidente Norte-Americano, citado pelo portal pt.euronews.com.
Biden mantém a promessa de retirar todos os Norte-Americanos ainda retidos no Afeganistão. Apesar das cenas caóticas no Aeroporto Internacional de Cabul – a Capital do Afeganistão -, Biden reafirma que a saída correu bem.
“A verdade é que 90 por cento dos Norte-Americanos que queriam sair conseguiram sair. Para aqueles que ficaram, não há prazo. Continuamos comprometidos em retirá-los, se eles quiserem deixar o Afeganistão”, garante.
A Guerra no Afeganistão foi a mais longa dos Estados Unidos. Começou em 2001, como resposta aos atentados de 11 de Setembro desse ano e durou até esta Retirada, que precipitou o regresso dos Talibãs ao Poder, consumado no passado dia 15 de Agosto.
“A principal obrigação de um Presidente é defender e proteger os Estados Unidos não contra as ameaças de 2001, mas contra as ameaças de 2021 e tem sido esse o princípio, por detrás das decisões sobre o Afeganistão”, sustenta Joe Biden.
Refugiados
A Alemanha alertou, terça-feira, 31 de Agosto, para a urgência de uma Crise de Refugiados, depois da Retirada dos EUA do Afeganistão.
As consequências da saída dos EUA do Afeganistão começam a aparecer. Os líderes europeus lutam para responder ao Fluxo Migratório e concentram-se na Relação Política com aquele que é o Novo Poder no Afeganistão: os Talibãs.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, visitou o Catar, onde admitiu que “todos os envolvidos estão absolutamente cientes da urgência, e, também, sabem que sem Cooperação Internacional não será possível controlar esta situação extraordinariamente difícil”.
Heiko Maas diz, ainda, que “não há como contornar as Negociações com os Talibãs”, por haver uma necessidade de “resolver problemas” como a “operação contínua do Aeroporto”, e, por outro lado, por “não podermos permitir a instabilidade no Afeganistão.”.
O Catar também tem recebido Refugiados do Afeganistão, e antes de Cabul ser tomado (a 15 de Agosto), desempenhou um papel de mediador entre as duas partes: governo afegão e talibãs.
Agora (Qatar), pedem aos Talibãs que se comprometam a acabar com o Terrorismo.