O aumento da onda de casos de COVID-19 na Malásia, País da Ásia crucial na cadeia de abastecimento de semi-condutores, impôs novos desafios na batalha para superar os problemas de produção industrial, que se espalharam pelos sectores durante a escassez global de chips.
A Malásia – lembra odia.com.br -, tem uma função primordial na cadeia de suprimentos de semi-condutores. Interrupções no local acabam com as esperanças de um alívio no segundo semestre deste ano e ameaçam prolongar as incertezas sobre 2022.
A crise de oferta na Malásia, é causada, principalmente, pela falta de profissionais, ligada a medidas de controlo do novo Coronavírus e combinadas com um forte aumento na demanda global, representa um novo problema para a Indústria Automobilística.
No primeiro semestre deste ano, a escassez deu-se, sobretudo, por empresas que sub-estimaram o ritmo de Recuperação Económica e não encomendaram peças suficientes.
Agora, enfrentam dificuldades para conseguir as peças necessárias, porque os surtos de COVID-19 estão prejudicando a produção.
“Achamos que o abastecimento está resolvido e, de repente, surge um problema em outro lugar”, diz Ravi Vijayaraghavan, sócio e especialista em semicondutores da consultoria Bain & Company.
Impactos
Algumas das principais fabricantes de automóveis do Mundo, como Toyota, Ford, General Motors e Nissan, divulgaram grandes cortes de produção, atribuídos, sobretudo, à escassez de chips nas Fábricas da Malásia.
A Ford suspendeu o trabalho, por uma semana, numa Fábrica de F-150, em Kansas City, no Missouri (nos Estados unidos da América), e em uma de Fiesta, em Colônia (na Alemanha), por causa da falta de peças.
A Toyota, por sua vez, anunciou que reduziria a produção global em 40 por cento, em Setembro.
A General Motors já comunicou que espera fabricar cem mil veículos a menos, na América do Norte, no segundo semestre do ano.
Os problemas na Malásia devem-se à pior onda de COVID-19 no País, desde o início da Pandemia. A Nação de aproximadamente 32 milhões de pessoas, já registou mais de 1,6 milhão de casos e perto de 15 mil mortes, sendo mais da metade neste Verão (no Hemisfério Norte).