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Fogo

Transferência de doentes para hospital central da Praia preocupa população

O processo de transferência de doentes do hospital regional São Francisco de Assis, para o hospital Agostinho Neto, na Praia, está a preocupar a sociedade foguense, que tem manifestado a sua indignação e protesto através das redes sociais. Neste momento há pacientes à espera de transferência.

Além do atraso verificado no encaminhamento de doentes com necessidades, muitas vezes urgentes, de serem acompanhados por especialistas, situações que, em alguns casos, chegam a atingir um mês de espera, o processo das transferências via marítima, também está a merecer uma onda de contestação.

Uma fonte do hospital regional São Francisco de Assis, que ainda dispõe de um serviço de traumatologia, indica que, neste momento, estão, pelo menos, quatro pacientes com diagnóstico de “traumas”, e que deveriam ser encaminhados para o hospital Agostinho Neto.

Entre os pacientes, sabe o A NAÇÃO online, está uma senhora com fratura na zona de coxa/bacia, que precisa de tratamento e acompanhamento devido. Segundo essa fonte, com o atraso a parte fraturada pode solidificar, causando graves problemas para estes pacientes.

De barco

Além dos pacientes ligados à área de traumatologia, outros estão em vários sectores do hospital regional São Francisco de Assis, aguardando a sua vez para seguir viagem, de barco, para a Cidade da Praia.

Neste momento, na impossibilidade de fazer a transferência de doentes por via aérea (avião) por motivos que os próprios pacientes e seus familiares desconhecem, a solução encontrada é a via marítima em que o hospital fará deslocar uma ambulância no navio Fast Ferry para levar o doente à Cidade da Praia, com todos os seus inconvenientes.

Nas redes sociais algumas pessoas consideram que em matéria de transferência de doentes a ilha regrediu para os anos a seguir à Independência Nacional e reivindicam uma maior atenção das autoridades sanitárias, municipais e governamentais.

Para muitos, além de o Governo ter de encontrar a alternativa para que a transferência seja feita por via aérea, como era hábito, urge, também, a criação de um serviço de traumatologia no hospital São Francisco de Assis, assim como de especialistas para diversas áreas, de modo a poder responder à demanda local, diminuindo o envio de doentes para outros hospitais, através de respostas locais.

Havendo uma situação de emergência no dia em que o Fast Ferry não faz a ligação entre Brava, Fogo e Santiago, “as pessoas terão de aguardar até que o navio regresse para fazer o transporte?”, questionam os internautas.

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