A insuficiência de garrafas para o enchimento tem condicionado o abastecimento de gás butano em Santo Antão, como faz saber a Vivo Energy, responsável pela distribuição dos produtos Shell. A companhia diz estar a efectuar “avultados investimentos” para contornar a situação.
A Vivo Energy garante que “não há qualquer risco” de ruptura de gás butano no país e que a capacidade instalada permite abastecer todas as ilhas durante “vários meses”.
Em Santo Antão, a ruptura pontual deste bem é justificada pela empresa devido ao aumento sazonal da procura e à insuficiência de garrafas de gás para enchimento.
Contudo, como informa o comunicado enviado ao A Nação, a ilha foi abastecida no dia 19 de agosto. Sendo que, no próximo dia 29, deverá receber um novo fornecimento de gás e reforço do número de garrafas a enviar para ilha.
Como dêmos conta anteriormente neste online, a população tem reclamado da frequente ruptura de gás na ilha, e muitos têm feito filas nos pontos de venda e os que não conseguem uma garrafa são obrigados a recorrer à lenha.
Investimentos
Para contornar a situação, a companhia diz estar a efectuar uma série de “avultados investimentos” no decurso de 2021 que permitirão que a empresa controle a situação e aumente a capacidade de resposta, a um mercado que “cresce a um ritmo acelerado”.
Assim sendo, conforme avança o comunicado, os investimentos prendem-se com a importação de novas garrafas, reforço do parque da Vivo Energy, instalação de unidade de enchimento, para além de implementação de um programa de manutenção e recuperação de garrafas em circulação.
“Infelizmente, devido à Covid-19, os processos de importação, nesta e noutras indústrias, têm sido alvo de significativos atrasos, afetando a nossa programação inicial. Contudo, estamos em condições de assegurar que, até final deste ano, a normalidade será reposta”, lê-se no comunicado.
Recolha de garrafas vazias
A empresa tem recorrido também à recolha de garrafas vazias, sem utilidade, no sentido de mitigar os constrangimentos relativos ao abastecimento de gás, mas que, segundo a companhia, tem surtido pouco efeito junto da população que “continua a optar por acumular garrafas vazias em casa”, desaconselhado por questões de segurança.
A nossa reportagem contactou a Enacol, mas até à publicação desta matéria não chegou nenhuma reacção à nossa redação.