O presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, Aníbal Fonseca, reconhece que o problema de abastecimento de água em Porto Novo “é sério e doloroso” e a taxa de cobertura do saneamento básico, considerada baixa, é “ gravíssimo”.
“O problema é sério”, admite Aníbal Fonseca reconhecendo que, neste momento, muitas famílias têm dificuldade de acesso à água através da rede pública.
Para o autarca, a situação é dolorosa para as famílias das zonas mais altas, que têm enfrentado graves crises hídricas. Algumas zonas estão há mais de um ano sem água na rede.
A rede de abastecimento de água da cidade é obsoleta, com várias deficiências, e apesar de o autarca reconhecer que “há água suficiente e de qualidade”, a rede tem impossibilitado com que a água chegue em muitas casas.
Fonseca assume que a “situação é dolorosa” para as famílias das zonas mais altas, onde a água não chega, devido a problemas na rede de abastecimento, já obsoleta e com várias deficiências.
A autarquia, entretanto, tem transportado água em auto-tanque para as zonas sem água, uma solução que tem deixado a desejar, segundo os moradores das zonas, já ouvidos pelo A Nação online.
Para já, a edilidade porto-novense precisa de, pelo menos, sete mil contos para resolver, temporariamente, o problema, que passa pela construção de um reservatório na parte mais alta da cidade, mais exactamente em Alto São Tomé.
Entretanto, a CMPN diz não ter condições financeiras para solucionar temporariamente o problema, por estar a enfrentar uma “situação financeira difícil”.
Aníbal Fonseca lembrou que o Governo tem um projecto para resolver definitivamente o problema de água e saneamento na cidade do Porto Novo, que, entretanto, pode ainda demorar algum tempo.
60% sem acesso
Em relação ao saneamento, 60 por cento das famílias nesta cidade ainda não têm acesso ao saneamento básico, o que é “gravíssimo”, segundo o presidente da Câmara Municipal do Porto Novo, que disse acreditar que o projecto de água e saneamento de Santo Antão resolverá esse problema.
Apenas 20% das famílias na cidade do Porto Novo têm acesso à rede de esgotos e outras 20% dispõem de fossas autónomas, o que quer dizer que mais de metade das famílias que residem neste centro urbano não têm acesso a infraestruturas de saneamento.
C/Inforpress