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Afeganistão: Talibãs preparam Novo Governo

O co-fundador e número dois dos Talibãs, Abdul Ghani Baradar, chegou, este sábado, 21, a Cabul – a Cidade- Capital -, para conversações com outros membros do Movimento e líderes políticos sobre a formação do Novo Governo do Afeganistão.

Baradar irá encontrar-se – avança o portal jn.pt -, “brevemente”,  em Cabul, com “líderes e políticos jihadistas, para estabelecer um Governo Inclusivo”.

 O co-fundador dos Talibãs estava no Qatar, onde chefiou o Gabinete Político do Movimento e conduziu as negociações com os Estados Unidos da América (EUA), que levaram à retirada das Forças Estrangeiras do Afeganistão, designadamente, Norte-Americanas e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

No regresso ao Afeganistão, Baradar aterrou na Cidade de Kandahar (no Sul), que foi o epicentro do Poder Talibã, quando o Movimento Xiita radical esteve no poder, pela primeira vez, entre 1996 e 2001.

Situada a 500 quilómetros a Sudoeste de Cabul, Kandahar é a segunda maior Cidade do Afeganistão.

Foi na Província com o mesmo nome, que o Movimento Talibã nasceu, no início da década de 1990.

Currículos  

Abdul Ghani Baradar, 53 anos, é o co-fundador dos Talibãs, juntamente com Mohammed Omar, que morreu em 2013, mas cuja morte foi escondida durante dois anos.

Como muitos afegãos, a vida de Baradar foi marcada pela Invasão Soviética, em 1979, que o transformou num “mujahid” (combatente).

Em 2001, após a intervenção dos EUA e a queda do Regime Talibã, terá feito parte de um pequeno grupo de insurgentes prontos para um Acordo com a Administração de Cabul, uma iniciativa sem resultados.

Baradar era o líder militar dos Talibãs quando foi preso, em 2010, em Carachi, Paquistão, tendo sido libertado em 2018.

O Movimento Talibã é liderado, actualmente, por Haibatullah Akhundzada.

Os talibãs assumiram o Poder no Afeganistão, com a conquista de Cabul, no passado domingo, 15, após uma ofensiva intensificada em Maio, que coincidiu com o começo da retirada das Forças Internacionais do País, após 20 anos.

EUA garantem ter “o controlo do Aeroporto”

Numa Declaração ao País, sexta-feira, 20, o Presidente Joe Biden falou de “uma das maiores e mais difíceis retiradas aéreas da História” para proteger cidadãos Norte-Americanos, Afegãos que se candidataram a vistos no País e os que trabalharam lado-a lado-com os militares dos EUA.

Biden disse, também, que os Estados Unidos estão empenhados em retirar do Afeganistão todos os Afegãos que apoiaram o esforço de Guerra, numa expansão potencialmente vasta dos compromissos da Administração no Transporte Aéreo , dadas às dezenas de milhares de tradutores Afegãos e outros, e os seus familiares mais próximos.

Com multidões desesperadas no Aeroporto de Cabul e combatentes Talibãs a marcar território, o Governo dos EUA renovou o alerta de que não pode garantir a passagem segura de todos os que procuram, desesperadamente, lugares nos aviões.

Biden revelou, aindfa, que está em contacto constante com os Talibãs. “Deixámos claro que qualquer ataque às nossas Forças ou a interrupção das nossas operações no Aeroporto será recebido com uma resposta rápida e enérgica”, afirmou.

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