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Afeganistão: EUA ordenam destruição de documentos confidenciais

A Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) em Cabul – a Capital do Afeganistão -, ordenou a destruição de documentos confidenciais e símbolos dos EUA, que poderiam ser usados pelos Talibãs, que se aproximam da Capital Afegã.

Um responsável diplomático dos EUA já explicou aos funcionários onde se localiza o incinerador e outros equipamentos de destruição dos documentos.

“Por favor, incluam materiais com o logótipo da Embaixada ou Secretaria, Bandeiras dos EUA e outras coisas que possam ser usadas para fins de propaganda”, lê-se num documento, a que o jn.pt teve acesso.

Um porta-voz do Departamento de Estado assegurou que se trata de um procedimento normal, sempre que há restrições à presença diplomática Norte-Americana em determinado país.

“A redução das nossas representações diplomáticas, em todo o Mundo, segue um comportamento padrão”, lembra.

Os EUA estão preocupados com o rápido avanço dos rebeldes Talibãs, que têm assumido o controlo das maiores cidades do Afeganistão e se aproximam de Cabul.

O Presidente Joe Biden decidiu enviar três mil soldados para o Aeroporto da Capital Afegã, para garantir a retirada dos funcionários da Embaixada dos EUA, em Cabul.

No entanto, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse, na sexta-feira, que Cabul não enfrentava uma “ameaça iminente”.

A Administração Biden está a tomar todas as precauções para proteger os diplomatas no Afeganistão, num ano em que se comemoram nove anos do ataque de 11 de Setembro de 2012 ao Consulado dos EUA, em Benghazi, na Líbia, onde quatro Norte-Americanos foram mortos, incluindo o embaixador Chris Stevens.

Na sexta-feira, muitos outros países anunciaram a retirada de funcionários das respectivas embaixadas em terras afegãs, incluindo a Espanha, Dinamarca, Noruega e Países Baixos.

Solidariedade

Entretanto, o Governo Canadiano disse que estava preparado para receber 20 mil refugiados afegãos, através de um novo Programa de Imigração, devido à “crise humanitária emergente na Região”.

“A situação no Afeganistão é preocupante e o Canadá não vai ficar de braços cruzados”, salientou o ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá, Marco Mendicino, durante a apresentação do Programa.
Com esta decisão, aquele País da América do Norte tem como objectivo apoiar as “pessoas particularmente vulneráveis”, como mulheres com cargos de liderança, defensores dos Direitos Humanos, minorias religiosas perseguidas, jornalistas e membros da comunidade LGBTQI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgénero, Queer ou Questionadores e Inter-Sexo).

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