A coordenadora nacional do projeto Iniciativa Pesca Costeira (IPC) admite que os recursos marinhos no país têm diminuído em consequência do aumento do esforço de pesca.
Esses resultados são discutidos entre hoje (09) e amanhã, 10, na segunda reunião do Comité de Pilotagem do projeto.
Em declarações à RCV, Eliana Silva, garantiu que, de acordo com os dados do censo realizado em 2011, Cabo Verde tinha cerca de 3.717 pescadores, 987 peixeiras e 1300 botes. Números que, segundo a responsável, aumentaram comparativamente aos de há 10 anos atrás.
Assim sendo, a coordenadora nota que os recursos marinhos no país estão a diminuir.
“Temos constatado que a nível da pesca costeira os recursos estão em declínio. Se compararmos o número total de desembarques do ano passado para este ano, houve um declínio porque o esforço de pesca tem aumentado e quantidade de recursos estão a diminuir”, explicou Eliana Silva.
Participam desse encontro cerca de cinquenta participantes oriundos de Cabo Verde, Costa do Marfim e do Senegal que irão apresentar o estado de implementação das atividades e validar as iniciativas programadas até o final do presente ano.
Em Cabo Verde, o projeto Iniciativa Pesca Costeira – África Ocidental é implementado desde 2019, envolvendo parceiros públicos e privados a nível nacional, visando obter benefícios ambientais, sociais e económicos sustentáveis através da boa governança, incentivos corretos e inovação.
O objetivo do projeto é reforçar a governança, a gestão e as cadeias de valor das pescas, através da implementação de uma abordagem ecossistémica das pescas, de instrumentos internacionais relevantes e de parcerias inovadoras de governança.
A Iniciativa Pesca Costeira é financiada pelo GEF (Global Environment Facility), Convenção de Abidjan, PNUE (Programa das Nações Unidas para o Ambiente), agências governamentais e outros parceiros, no montante de cerca de 52 milhões de dólares para um período de cinco anos (setembro 2018 – maio 2022) e implementado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) na África Ocidental.
C/RCV