A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu uma moratória para terceiras doses das vacinas contra a COVID-19 até, pelo menos, oito semanas.
O director-geral da OMS, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus – citado pelo portal pt.euronews.com -, acredita que este adiamento permitiria que, pelo menos, dez por cento (%) da população mundial fosse vacinada.
O dirigente advertiu que as nações mais pobres estão a ficar para trás, e afirmou que a maioria das vacinas deveria ir, agora, para esses países.
Ghebreyesus afirmou, também, que não se pode, nem se deve aceitar que “países que já usaram a maior parte do fornecimento global de vacinas usem ainda mais, enquanto a população mais vulnerável do Mundo permanece desprotegida”.
No entanto, Alemanha, França, Reino Unido e Israel já anunciaram planos para administrar terceiras doses às suas populações, para combater a propagação da variante Delta de COVID-19.
Em França, os mais vulneráveis, como por exemplo os idosos, deverão começar a receber as doses de reforço já no Outono.
A Hungria já começou a administrar terceiras doses, desde o dia 1 de Agosto. A Alemanha planeia dar início a esta iniciativa no dia 1 de Setembro, e o Reino Unido a partir do dia 6 de Setembro.
Entretanto, os Estados Unidos da América rejeitaram o apelo da Organização Mundial de Saúde para que haja uma moratória, pois, consideram que o País não tem de escolher entre administrar a terceira dose da vacina ou doá-la aos países mais pobres.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou que a Administração de Joe Biden doou mais de 110 milhões de vacinas e pediu “à Comunidade Global, que também dê um passo em frente”, pois, “é preciso que mais aconteça”. Psaki defende que, por isso, “o País pode fazer ambas as coisas”.
Segundo a OMS, até agora, os países mais pobres só conseguiram administrar 1,5 doses para cada 100 cem pessoas, devido à falta de vacinas.