Os funcionários de diferentes sectores da Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago iniciaram hoje uma greve de três dias para exigirem melhorias na situação de trabalho e o cumprimento do compromisso acordado sob mediação da Direcção-geral do Trabalho, desde 2020.
O Vice- Presidente do Sindicato da Indústria, Serviços, Comércio, Agricultura e pesca (SISCAP), Francisco Cardoso, garante que, neste primeiro dia de greve, houve uma adesão de cerca de 80% dos profissionais das áreas de saneamento, fiscalização, técnicos, guardas diurnos e nocturnos, e pessoal de apoio operacional. Para os próximos dois dias espera-se que haja ainda maior afluência.
Os grevistas reivindicam o cumprimento de um compromisso assumido com a Direção Geral de Trabalho, em 2020, entre os quais estão a implementação dos subsídios de risco e de turno, e noturno, para os trabalhadores que tiverem direito ao subsídio, progressões de todos os funcionários, promoção e reclassificação, e não envio dos descontos das quotas sindicais dos trabalhadores.
“O SISCAP entende que é da responsabilidade da presidente da câmara intervir na resolução desses problemas e exorta-a a mandar tomar as providências que se julgarem necessárias para a melhoria das condições de trabalho dessas classes profissionais, de quem muito se tem exigido, particularmente nesse momento de pandemia que assola o mundo, e Cabo Verde”, declara Francisco Cardoso, para frisar que o sindicato que representa apoia de forma incondicional esses grevistas. Mais, considera que as suas reivindicações são justas e legítimas.
O sindicalista considera ainda que esta greve mostra o “sofrimento” pelo qual os trabalhadores estão passando. E considera ainda ilegal a atitude da autarquia em recorrer a “requisiçao civil” a fim de colocar pessoas sem vínculo laboral para a recolha de lixo.
Francisco Cardoso e os trabalhadores que acusaram a presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, Jassira Monteiro, de falta de diálogo, pediram-na para mudar de atitude e para cumprir com cumpromissos assumidos.
Os grevistas concentram-se ainda amanhã à frente dos Paços do Concelho, enquanto na quarta-feira vão percorrer as principais artérias da cidade de Assomada.
C/Inforpress