O ex-Diretor Nacional da Saúde, Artur Correia, diz ser a favor da abertura do país para a retoma da vida social e económica e propõe às autoridades a “eliminação inteligente” das medidas restritivas.
O estado de calamidade, decretado há duas semanas pelo Governo, chega ao fim nesta quinta-feira, e, para Artur Correia, já não há espaço para a implementação de mais medidas restritivas devido à pandemia.
“Após mais de um ano de pandemia, e tendo em conta o estado sanitário do país, com os índices da taxa de incidência a baixar semana após semana, penso que, neste momento, não há razão, de natureza técnica, para a continuação das restrições”, considera Correia.
Segundo o Ex-Director Nacional da Saúde, é chegado o momento de pensar na “abertura e na eliminação inteligente” das restrições, mas ressalva que as medidas de proteção individual devem continuar, assim como, todas as medidas preventivas aliadas à vacinação.
“Precisamos da retoma inteligente da nossa vida social, com as devidas precauções, assim como da retoma económica do país. Não podemos viver eternamente em estados de restrição porque o país não aguenta”.
“Já chegou o momento de abrirmos e gerirmos as expectativas da população. Já aprendemos como viver com o vírus, e não devemos ter a pretensão de eliminar a taxa de transmissão, isso é impossível”, defende Artur Correia.
O antigo responsável da saúde enaltece o nível “muito satisfatório de vacinação” que o país já alcançou, que, aliada às medidas preventivas “que devem continuar” vão auxiliar nessa abertura.
Por isso, o ex-Diretor Nacional da Saúde apela “ao bom senso e à inteligência emocional” das autoridades no levantamento das restrições e sugere, ainda, que se utilize a vacinação como uma “alternativa aos testes na mobilidade entre as ilhas”.
C/RCV