A cultura da batata doce e do tomate, em alguns vales agrícolas do concelho do Porto Novo, em Santo Antão, está a ser comprometida por uma praga desconhecida, segundo o alerta dos agricultores.
Na localidade de Ribeira da Cruz, um dos vales mais produtivos deste município, tem-se debatido com uma praga, cujo nome se desconhece, que está a dizimar a cultura de batata doce, segundo o porta-voz dos agricultores, Edivaldo Neves.
Em Alto Mira, outro vale afectado por uma praga desconhecida, o problema recai sob a produção de tomate, segundo alertou o presidente da associação local dos agricultores, Aderlino Fortes.
A estas pragas se junta ainda os mil-pés, que têm condicionado o cultivo de batata doce e batata comum.
Segundo este responsável, em declarações à Inforpress, os agricultores e os técnicos do Ministério da Agricultura e Ambiente já estão no terreno a tentar identificar a praga que está a comprometer a cultura do tomate em Alto Mira, para o “desalento” dos agricultores.
Porto Novo dispõe, há década e meia, de uma outra praga, a traça do tomateiro, que tem destruído a cultura do tomate e couve nos vales da Ribeira Fria, Ribeira dos Bodes e Casa de Meio, segundo os agricultores.
O representante dos agricultores na Ribeira Fria, Adilson Gomes, explica que esta praga ataca o tomate, sobretudo no período mais quente, provocando “enormes prejuízos” aos produtores.
Apesar das pragas, com destaque para os mil-pés, os agricultores porto-novenses têm estado a diversificar a sua produção, sendo Porto Novo considerado pelo Ministério da Agricultura e Ambiente “um importante produtor” de batata comum, cenoura, inhame e tomate.
Martiene e Tarrafal de Monte Trigo, onde ainda não existem mil-pés, destacam-se na produção da batata comum e inhame, respectivamente, enquanto Ribeira da Cruz e Ribeira Fria se distinguem na produção de cenoura e tomate, respectivamente.
C/ Inforpress