Atletas e membros do ‘staff’ nacional, que viajariam este fim-de-semana para Tóquio, ficaram retidos em Lisboa, devido à greve dos funcionários da Groundforce, a principal empresa de handling em Portugal.
Conforme o chefe da missão olímpica de Cabo Verde aos jogos “Tóquio 2020”, Leonardo Cunha, o cancelamento dos voos do aeroporto de Lisboa causaram um “transtorno” a todos os passageiros. Sobretudo aos atletas e às respetivas comissões que pretendiam fazer a ligação à capital japonesa.
“Como é óbvio haverá algum atraso quanto à chegada da comitiva. A boa notícia é que os atletas não estão afetados com esta situação”, destacou Leonardo Cunha, que já se encontra no Japão.
O chefe da missão olímpica cabo-verdiana avançou, ainda, que os dois irmãos nadadores, Troy Pina e Jayla Pina, também já se encontram em Tóquio, pois viajaram diretamente dos Estados Unidos América.
Nas próximas horas os restantes atletas, membros do “staff” técnico nacional, e a presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano (COC), Filomena Fortes, deverão chegar ao Japão.
A última a desembarcar em solo japonês será a ginasta Márcia Lopes, apenas no dia 1 de agosto, cinco dias antes do arranque das provas de ginástica, que acontecem apenas a partir do dia 6 de agosto. Antes a jovem ginasta mindelense, que também esteve retida em Lisboa, deverá fazer um estágio de preparação de alguns dias na Rússia.
As Olimpíadas de Tóquio serão disputadas de 23 de julho e 8 de agosto, sem público e estarão sujeitas a restrições rígidas devido a riscos devido à pandemia de covid-19.
A menos de uma semana da abertura dos jogos, no dia o surgimento de infeções, em pelo menos sete delegações olímpicas, entre as quais as do Uganda, da Sérvia e Israel, é motivo de alerta das autoridades locais.
Recorde-se que a cidade de Tóquio entrou no seu quarto estado de emergência no início desta semana passada, com mais de 1300 novos casos foram registados na última quinta-feira (15), o número diário mais alto desde o final de janeiro.
De acordo com pesquisas realizadas no seio da opinião pública, a maioria das pessoas no Japão julga que os Jogos Olímpicos não deveriam acontecer. Até a última sexta-feira (16), apenas 18% da população japonesa estava completamente imunizada contra a covid-19.
C/RCV