Filmes de animação tendem a ser julgados inconscientemente como produções destinadas somente ao público infantil. Por mais que a técnica já tenha anos de idade, ainda é comum relacionar desenhos com tramas para crianças, principalmente quando a produção é de estúdios famosos como o Walt Disney Animation Studios ou a Pixar. Mas o A Não Perder traz para si três animações lançadas em 2021 que prometem emocionar e conquistar toda a família.
Raya e o Último Dragão
Raya vive em Kumandra, um reino fictício no sudeste da Ásia habitado por uma vasta e antiga civilização conhecida por ter passado gerações venerado os dragões, seus poderes e sua sabedoria. Logo após uma força maligna tomar conta do lugar, os dragões se sacrificaram para ajudar a humanidade, ocasionando uma divisão do reino em cinco diferentes reinos, conhecidos como Coração, Presa, Cauda, Coluna e Garra. Quinhentos anos depois, essa força retorna, e com isso, cabe a Raya encontrar Sisu, o último dragão, para tentar salvar o reino.
Raya e o Último Dragão” traz em si uma referência aos tempos modernos, onde não há príncipes encantados, as apostas são em personagens femininas e fortes, e a mensagem do filme recai numa nota importante para todas as idades.
Fracasso, egoísmo, confiança e união são sentimentos bem explorados no longa.
É a riqueza de detalhes e a realidade de Raya e o Último Dragão, que torna o filme um deleite tão envolvente, mas as atuações do impressionante elenco totalmente asiático também merecem destaque. No geral, Raya e o Último Dragão oferece tudo o que os espectadores podem desejar, não apenas em um filme da Disney, mas em um filme em geral. Cheio de cultura, nuances, bela animação e boas performances, a mensagem de confiança e esperança que parece muito mais oportuna do que nunca, faz deste um ótimo filme.
Luca
Em Luca, a mais nova animação da Pixar, acompanhamos uma história de amadurecimento sobre o jovem Luca Paguro que traz cenas divertidas de um verão italiano inseridas em belas paisagens arrebatadoras. Luca compartilha essas aventuras com seu novo melhor amigo, Alberto Scorfano, mas toda a diversão é ameaçada por um segredo profundamente bem guardado: eles são monstros marinhos de outro mundo, logo abaixo da superfície da água.
é um belo filme sobre amadurecimento, superação do medo pelo desconhecido e aceitação das diferenças em vários sentidos. é um filme que, com sua simplicidade, conversa tanto com o público infantil quanto o adulto.
Com a energia trazida pela amizade genuína entre Luca, Alberto e, em seguida, pelo surgimento da jovem humana Giulia, o filme expressa o desejo juvenil de liberdade e traçar seu próprio destino sem ficarem presos às barreiras ou velhos preconceitos e crenças que lhes foram apresentados por outras pessoas. O visual da animação é um colírio para os olhos e um dos maiores destaques da produção por causa de sua riqueza de detalhes e paisagens encantadoras que vão fazer qualquer pessoa se apaixonar.
Monstros no Trabalho
A série passa-se um dia após a usina de energia Monstros S/A começar a coletar risos de criança para abastecer a cidade de Monstrópolis, graças à descoberta de Mike e Sulley de que o riso gera dez vezes mais energia do que os gritos — como visto no final do primeiro filme, em 2001. A série acompanha a história de Tylor Tuskmon, um jovem monstro entusiasmado que se formou como o primeiro da turma na Universidade Monstros e sempre sonhou em ser um assustador. Mas, quando consegue um emprego na Monstros S/A, descobre que assustar não está mais na moda e que rir é o que importa. Tylor é então temporariamente transferido para a Monstros Instaladores Fortemente Treinados (MIFT), onde deve trabalhar ao lado de um grupo de mecânicos desajustados enquanto tenta se tornar um brincalhão.
A série traz a mensagem de que temos que adaptar as circunstâncias que a vida nos oferece e independentemente de tudo sorrir é o melhor caminho.