O Projeto “Reforço da capacidade de adaptação e resiliência no setor florestal em Cabo Verde” – REFLOR-CV reuniu-se na sexta-feira,9, com líderes de 15 Associações de Desenvolvimento Comunitário, parceiras do projeto na ilha de Santiago para a troca de experiências e a partilha de boas práticas adquiridas com a implementação do projecto.
No encontro que decorreu na Delegação do Ministério da Agricultura e Ambiente em Santa Catarina os parceiros deste projecto do Ministério da Agricultura e Ambiente, financiado pela União Europeia e em execução pela FAO, comprometeram-se continuar a restaurar florestas após o término da REFLOR-CV.
A intenção foi manifestada pela presidente da Associação Santa Tabanca da Baía de Achada Leite, Olívia Sanches, e pelo presidente da Associação para o Desenvolvimento de Achada Fora e Chão do Monte, Samuel Vaz em declaração à Inforpress.
Os dois líderes associativos do município de Santa Catarina destacaram o impacto do projecto REFLOR-CV nas suas comunidades, realçando que o referido projecto levou emprego e sustentabilidade a muitas famílias carenciadas que estavam desempregadas.
Os mesmos asseguraram que mesmo após o término do projecto previsto para o final deste ano, que com as várias formações que os membros da associação receberam, a comunidade está preparada para dar continuidade a conservação e reflorestação das florestas – ressaltou Samuel Vaz.
Pelo seu turno, a consultora do projecto REFLOR-CV, Marilena Baessa disse que não tem dúvidas que as associações parceiras do projecto estão preparadas para dar continuidade ao processo da reflorestação.
Relativamente ao encontro, explicou que o mesmo tem por objectivo reunir os parceiros para que estes possam trocar exigências e perspectivar o futuro, tendo em conta que o projecto termina este ano, mas que a floresta não.
Entretanto, não obstante o término do projecto, Marilena Baessa assegurou que o mesmo vai deixar a sustentabilidade para as famílias das comunidades onde estão a intervir.
Projeto REFLOR-CV
O Projeto REFLOR-CV, do Ministério da Agricultura e Ambiente, financiado pela União Europeia e em execução pela FAO que também financia, tem como objectivo principal aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais colocados pelas mudanças climáticas na desertificação e degradação da terra em Cabo Verde.
O grupo-alvo deste projecto são mulheres, homens e jovens proprietários e agricultores das zonas rurais que vão beneficiar da transferência de conhecimento e tecnologia sobre o estabelecimento e gestão das florestas plantadas.
O projeto está a ser implementado em Santiago, Fogo e Boa Vista, sendo a área prevista de intervenção de mais de 800 (oitocentos) hectares nas três ilhas.
