Cabo Verde já alargou a vacinação às pessoas de 18 anos, mediante a inscrição nas plataformas para a primeira dose de inoculação contra a COVID-19.
De acordo com o director Nacional da Saúde, Jorge Noel Barreto, esta medida vai ao encontro da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), no sentido de acelerar a Campanha de Vacinação, numa altura em que se regista a circulação de variantes no Mundo inteiro.
“Temos de vacinar, rapidamente, a população. Isto é um assunto muito sério e e as pessoas devem, também, tratar disto com seriedade com que estamos a tratar”, explicitou Jorge Noel Barreto, citado pela Inforpress.
Com esta nova medida de baixar a faixa etária vacinável dos 40 para dez anos, Jorge Barreto sublinha que torna-se necessária que as pessoas adiram à Campanha de Vacinação, para que o País possa ter 70 por cento da população com uma dose da vacina, até meados de Agosto.
Para evitar a sobrecarga da linha telefónica, o director Nacional da Saúde recomenda a todas as pessoas, com idade a partir dos 18 anos, a utilizarem o formulário “online”, disponível no sitio covid19.cv ou contactarem os centros de Saúde da área de residência, para manifestarem interesse para serem vacinadas o mais rapidamente possível.
Jorge Barreto manifestou “muita satisfação pela crescente adesão das pessoas à vacinação”, mas mostrou-se preocupado com a recusa, ainda, de alguns indivíduos em tomar as vacinas disponíveis (AstraZeneca), reafirmando que Cabo Verde tem vacinas suficientes para pessoas elegíveis e grupos prioritários.
“É uma questão que deixou de ser de cunho individual, para passar a ser do cunho público. Ou seja, o facto de uma pessoa não vacinar, para além de não estar a proteger-se, também está a contribuir para que a meta de vacinar o maior número de pessoas não seja atingida, ou atingida muito mais tardiamente”, explicou.
Esta atitude poderá condicionar a vida de todos que vivem em Cabo Verde, alerta Jorge Barreto, para quem, a recusa da vacina pode levar que o País volte a ter um descontrolo da situação e correr o risco de ter, novamente, mais restrições, razão pela qual asseverou ser “extremamente importante” o interesse pela vacinação.
Com a adesão às vacinas – sustenta Barreto -, Cabo Verde evita novas sobrecargas nas estruturas da Saúde, novas situações de restrições e uma demora, ainda mais, da retoma das actividades económicas, com repercussão na Saúde das pessoas.
C/Inforpress