As apostas do Estado centram-se no alargamento de creches, na criação onde elas não existem e na adoção da obrigatoriedade do ensino pré-escolar no país. Inovações que estão na base da conceção da rede nacional de cuidados na primeira infância, cuja a criação foi socializada ontem na Praia.
A futura rede deve, no entender do ministro do Estado, Família e Inclusão Social, Fernando Elísio Freire, estar articulada permitindo que as políticas dirigidas às crianças dos zero aos seis anos tenham impacto positivo.
“Vamos reforçar o alargamento de creches e lá, onde não existir, vamos incentivar a sua criação, que é muito importante pela igualdade e oportunidade no acesso ao mercado de trabalho, principalmente para as mulheres, para aqueles que se dedicam às profissões informais. Vamos fazer o reforço da subsidiação no pré escolar e começar a trabalhar para a obrigatoriedade do ensino pré-escolar em Cabo Verde”, avança o ministro.
Para que a futura rede nacional de cuidados na primeira infância tenha êxito, Fernando Elísio Freire anuncia o reforço de ações de formação de cuidadores.
“É uma profissão que estamos a criar que tem futuro, porque é preciso cuidar, e muito bem, das nossas crianças, mas também das pessoas idosas, das pessoas com deficiências. Este ateliê é exatamente para criarmos esta rede nacional de cuidados, de fazermos esta articulação entre o governo, as Câmaras Municipais, as associações, as famílias e neste caso os pais e encarregados de educação”, explica.
Com a crise da Covid-19, muitos jardins e creches fecharam, mostrando a necessidade de haver uma instituição com características de rede nacional de primeira infância.
C/RCV