O maior acionista privado da Cabo Verde Airlines, Victor Fidalgo, diz apoiar “sem reserva” a decisão do governo na reconversão dos 51%, pertencentes à Lofleidir Icelandic. Para o economista, tem havido uma tentação por parte do acionista maioritário em subverter os entendimentos para o seu exclusivo interesse.
Victor Fidalgo diz estar a seguir de perto os acontecimentos na CVA, e as negociações do Governo com o acionista maioritário para a reconversão dos 51%.
“Tenho seguido de perto todas as diligências feitas pelo Governo, em nome do Estado de Cabo Verde, no sentido de chegar a um entendimento aceitável com o acionista maioritário, que possa refletir o interesse de todos os acionistas, assim como os interesses estratégicos de Cabo Verde, em matéria de conectividade internacional”, avança Fidalgo à RCV .
Para o maior acionista privado nacional, as cedências do Estado de Cabo Verde têm sido mal interpretadas, quando o Governo visa acomodar os interesses de todos.
“Infelizmente, cada cedência por parte do Estado de Cabo Verde, que tem agido sempre de boa fé, visando acomodar os interesses de todas as partes, tem sido mal interpretada, ao mesmo tempo que suscita uma tentação do acionista Icelandic, que tem procurado sempre subverter os entendimentos no seu exclusivo interesse”, considera.
Victor Fidalgo diz que as partes não estão com objetivos partilhados, mas sim divergentes ou incompatíveis, por isso apoia, “sem reserva” a decisão do Governo, tomada em nome do Estado de Cabo Verde para voltar a ser o accionista maioritário da companhia.
C/RCV