A Autoridade Palestiniana cancelou o Acordo com Israel, para receber mais de um milhão de vacinas contra a COVID-19, horas depois de este ter sido anunciado. A discórdia prende-se com a data de validade das vacinas, que expiram já no início de Julho, o que para os palestinianos não permite que sejam utilizadas em tempo útil.
A Autoridade Palestiniana prefere, assim – de acordo com o portal pt.euronews.com -, esperar pelas quatro milhões de doses, que tem previsto receber da Pfizer-BioNTech, no Outono, e que deveria partilhar com as autoridades israelitas, ao abrigo do Acordo que foi, agora, cancelado.
Ibrahim Melhem, porta-voz da Autoridade Palestiniana, refere que “o Primeiro-Ministro, Mohammad Shtayyeh, deu instruções ao ministro da Saúde, para cancelar o Acordo com Israel, para recebermos a vacina e devolver as que já foram recebidas. O Governo recusa-se, assim, a receber vacinas que estão prestes a expirar”.
Enquanto isso, a tensão na Região segue sem data de validade à vista. Sexta-feira, um protesto palestiniano, em Jerusalém, terminou em confrontos com a Polícia israelita. De acordo com o Crescente Vermelho palestiniano, três pessoas tiveram de ser hospitalizadas. Já a Polícia israelita refere que foram efectuadas 16 detenções.
A violência na Esplanada das Mesquitas esteve na origem da recente “Guerra de 11 Dias”, entre Israel e a Faixa de Gaza (na Cisjordânia, Palestina).