O Presidente da Républica não se opõe a redução dos custos da CEDEAO, que passa pela redução de comissários, desde que os principios de igualdade de tratamento e de rotatividade entre todas as instâncias da comunidade sejam respeitados.
Jorge Carlos Fonseca participa hoje, 19, na Cimeira dos chefes de estados da Comunidade dos Estados da África Ocidental no Acra, Gana.
A necessidade da reforma da CEDEAO tem vindo a ser discutida há algum tempo, com posições divergentes de vários países. Para o PR o fundamental é que a CEDEAO consiga racionalizar as estruturas de funcionamento e através da racionalização que funciona com menos custos. A proposta em cima da mesa implica a redução de comissários de 15 para sete ou nove. JCF não se opõe mas deixa algumas ressalvas.
” A posição de se manter o número dos atuais 15 leva que cada um dos países possa ter sempre um comissário natural do próprio país, como nós temos tido. Mas se entender que a racionalização da redução de custos passe também por essa redução nós diremos então que não nos oporemos mas
príncipios de igualdade de tratamento e de rotatividade devem vigorar para todas as instâncias da CEDEAO”, esclarece JCF.
Príncipio que consubstância na necessidade dos falantes da Língua Portuguesa, em minoria, terem sempre representação nas instâncias da CEDEAO.
“Por exemplo na CEDEAO, há dois países de Língua Portuguesa, todos os restantes são de língua inglesa e francesa, portanto é natural que esses dois países estejam representados sempre nas instâncias da CEDEAO”.
JCF garante que Cabo Verde está realmente interessado em aprofundar a sua integração na CEDEAO e inclusivel voltar futuramente a candidatar-se a presidência da comissão.
Cabo Verde já está a discutir com a CEDEAO as modalidades de pagamento da dívida da taxa comunitária para que futuramente não tenha problemas na pretensão de estar em posição de se candidatar a liderança da comunidade, sublinha o PR.
C/RCV
