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Economia

Primeiro voo de retoma da TACV/CVA é hoje entre Sal e Lisboa

A TACV/CVA retoma hoje as operações com um voo entre Sal e Lisboa. Depois de 14 meses parada, como é do conhecimento público, por várias razões, que não só os impactos da pandemia da Covid-19, a companhia volta à actividade.

Depois de cerca de 14 meses parada, a administração da companhia, ou o que resta dela, gerida em 51% pelo parceiro islandês, vai efectivamente reativar as operações, com um voo agendado para esta sexta-feira, 18 de Junho, entre Sal e Lisboa.

Sabe o A NAÇÃO que no Sal tudo está a ser operacionalizado para que o voo inaugural da retoma, escalado para a manhã de hoje, aconteça. Segundo as nossas fontes, havia, até ontem, apenas 7 passageiros pagantes, ou seja, com bilhetes adquiridos, algo tido como “normal” por fontes do sector, tratando-se de um voo inaugural.

O único Boeing que a companhia detém, no momento, está estacionado na ilha do Sal, desde a semana após o dia das eleições legislativas de 18 de Abril, de onde se prepara então para levantar voo rumo a Lisboa.

Recentemente, a administração da empresa havia comunicado que de 28 de Junho até 28 de Março de 2022, irá operar quatro voos semanais entre Praia/Sal e Lisboa às sextas e segundas-feiras; um voo semanal para e de Sal/Praia/Boston às terças com regresso às quartas-feiras e um voo semanal para e de Sal/São Vicente/Paris aos sábados com retorno aos domingos.

Segundo fontes do A NAÇÃO, no próximo dia 29 de Junho está previsto um voo Praia-Boston e a 13 de Julho um voo que vai ligar São Vicente a Paris.

A retoma da companhia está a ser seguida de uma série de novas medidas, que se prendem com a reestruturação da empresa, tendo, conforme já anunciamos antes, sido comunicado ao presidente do Sindicato dos pilotos, Paulo Lima, que 40% desses profissionais vão ser despedidos (ou dispensados, como prefere designar a companhia). Apenas nove haviam sido chamados para a retoma, num horizonte de cerca de 48 pilotos.

A medida de “dispensa”, mal-aceite no seio da classe, que fala em “favorecimento” de alguns desses profissionais, deve abranger perto de 18 pilotos, especialmente aqueles que se encontram em idade de pré-reforma e os contratados mais recentemente, antes da pandemia. Não estão abrangidos os pilotos em cargos de chefia.

O Sindicato espera “rigor” no cumprimento da lei. Isto quando a companhia avançou que ia traçar um plano para abranger os pilotos que se enquadram no perfil da pré-reforma. Um processo que não será fácil, tendo em conta que pilotos e administração estão de costas voltadas

O despedimento dos 40% desses efectivos, alegou a companhia, prende-se com a “redução do volume de negócio provocado pela pandemia da covid-19”, dado que, em “consequência” a companhia “passará a operar com apenas duas aeronaves”.

Contudo, a administração afirma que aproveitou esta paragem “forçada” pela pandemia para se “reorganizar, treinar as suas equipas e implementar um novo sistema de vendas”, entre outras coisas

De referir que a TACV/CVA esteve parada desde março de 2020, ou seja, mais de um ano, com vários problemas financeiros, com o Governo a ter de injectar mais capital na empresa, através de avales do Estado, para operacionalizar e viabilizar a retoma.
Só este ano, o actual Governo já emitiu avales na ordem dos 550 mil contos, estando previsto injectar mais 30 milhões de euros, até final de Julho próximo.

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