PUB

Política

JPAI exorta governo a aumentar investimento na formação e qualificação dos jovens que ingressam no serviço militar

O presidente da JPAI, Fidel Cardoso de Pina, exortou o governo a aumentar o investimento na formação e na qualificação dos jovens que ingressam no Serviço Militar Obrigatório e a alargar a oportunidade de formação especializada em domínios úteis para a sociedade.

O pedido foi feito pelo líder da juventude tambarina, esta terça-feira (15), durante uma conferência de imprensa realizada na cidade da Praia.

“Incentivamos o Governo a aumentar o investimento na formação e na qualificação dos jovens que ingressam no Serviço Militar Obrigatório e a alargar a oportunidade de formação especializada em domínios úteis para a sociedade, de maneira que à saída do citado Serviço sejam um ativo de elevado valor acrescentado para a sociedade e para a sua comunidade e não um ser humano diminuído, humilhado e revoltado”, disse Fidel Cardoso de Pina.

O presidente da JPAI recordou a indignação da sociedade cabo-verdiana aquando da viralização dos vídeos com abusos de teor sexual envolvendo militares.

Neste assunto, questionou o governo sobre o que tem sido feito para que tais práticas não façam escola nos quartéis das Forças Armadas de Cabo Verde.

“Muitos outros vídeos continuam a circular, demonstrando que a humilhação dos jovens recrutas é tolerado como “praxe” e que demasiadas coisas acontecem nos quartéis enquanto os oficiais dormem em segurança nas suas casas. Pede-se um inquérito rigoroso e uma satisfação pública do Governo sobre as condições efetivas de prestação do Serviço Militar Obrigatório”.

Cardoso de Pina saudou a reposição na orgânica do governo de um ministério da juventude e apelou que sejam repostos os programas e projetos que concorrem para o efetivo empoderamento da juventude.

“Esperávamos deste programa uma aposta na transparência, mormente, no que tange a realização de concursos públicos que garantissem efetivamente a igualdade para todos e assegurassem o alcance de cargos superiores na administração pública por mérito e não por amiguismo ou filiação partidária”.

Defenseu ainda que este Programa do Governo “não traz metas reais que garantam mais oportunidades de acesso dos jovens a uma formação de qualidade, previsível, inscrita no sistema formal de ensino e com dupla certificação”, argumentou.

Na óptica desta fonte, o Programa do Governo para o desporto peca pela falta de ousadia. Neste capítulo, questionou sobre a data da retoma efectiva do desporto no território nacional, numa lógica que privilegiasse a vacinação massiva dos atletas das selecções de das competições internas. Em relação ao desporto feminino, revelou que o  programa passa completamente ao lado, em tal matéria.

“É evidente que as mulheres, em particular as jovens mulheres, no nosso país enfrentam maiores dificuldades na prática do Desporto. São várias as razões: desde logo o facto das famílias serem essencialmente monoparentais e chefiadas por mulheres; por assumirem na maioria o trabalho doméstico e os cuidados não remunerados; pela precariedade laboral e a falta de oportunidades económicas; pela discriminação ainda existente na nossa sociedade; pela falta de oportunidades e pela clara ausência de políticas públicas que possam incentivar a prática desportiva no feminino”.

PUB

PUB

PUB

To Top