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Ambiente

São Nicolau: População de Praia Branca sofre há mais de duas semanas de penúria de água 

A população de Praia Branca, no municpío de Tarrafal de São Nicolau, está há mais de duas semanas a sofrer com a penúria de água naquela localidade. Desesperados, os moradores clamam pela resolução do problema, apelando a mais organização e informação à população, sobre o momento da distribuição do “precioso líquido”, especialmente agora que a higiene é essencial para combater a covid-19.  

“Já estamos entrando na terceira semana, onde a água é algo raro de se ver nas torneiras dos moradores da Praia Branca”, avançou um morador ao A NAÇÃO online.

Segundo essa fonte, os problemas prendem-se com um trabalho de extensão da rede de água, para passar a regar o cemitério da zona, em que a água “praticamente foi cortada aos munícipes na zona da Cruz, Praia Branca”, uma zona próxima do referido cemitério.

Quando decidem abrir a água para as casas, atestam os moradores, “ninguém é avisado”, e “fica aberto por um período demasiado curto”.

Uma situação que complica, pois os moradores que trabalham, ou não estão em casa, naquele momento, ficam sem se poder abastecer, o que “não é correto”, denunciam.

Os moradores estão desesperados com este “constrangimento grave”, porque ao chegar a casa, depois de um dia de trabalho, “não há água para banho, sanitas, enfim, toda a higiene fica comprometida, num momento em que nos obrigam a lavar as mãos, diversas vezes, e as superfícies em casa”.

A situação, alegam, impede ainda a produtividade, deixando a comunidade sem opções para o uso da água, que é um bem “precioso para a vida”.

A população entende que há necessidades de expansão da rede, e concorda com a melhoria do sistema, mas pede que seja feita de forma mais organizada, e de forma a garantir a todos o direito à água.

Os moradores apelam a que, todos os dias, em pelo menos um período do dia, com horas determinadas, e devidamente comunicadas à população, para que as pessoas possam organizar as suas vidas, “sem transtornos”.

Conforme as nossas fontes, há também diversos trabalhadores da construção civil que se têm vindo a queixar da situação, pois reclamam que já está difícil arranjar trabalho “com essa crise”, e quando conseguem, não há água.”Assim não é possível trabalhar. Sem água não podemos fazer nada, e não ganhamos nosso dia de trabalho”, lamentam.

Esta não é a primeira vez que há problemas de abastecimento nesta localidade, ainda que por diferentes razões.

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