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Boa Vista

Boa Vista: Número de crianças a vender nas ruas aumentou

O número de crianças a vender nas ruas da Boa Vista aumentou. A garantia é do ICCA, que avança que esse aumento se deve à falta de rendimentos das famílias, causado pelo contexto da pandemia.

Em declarações aos jornalistas, a propósito do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, que se assinalou este sábado, 12 de Junho, o delegado do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), na Boa Vista, Odailson Freitas, avançou que, entre outros produtos, as crianças vendem rebuçados e salgados.

“Neste momento não temos um cenário alarmante de trabalho infantil na ilha, mas tendo em conta a situação de covid-19, em que muitas famílias estão a viver momentos de fragilidade financeira, muitas vezes acabam por colocar os filhos na rua a vender, para complementar o sustento ou levar algum rendimento para casa. Mas isto não se justifica”, afirmou, citado pela Inforpress.

O mesmo diz que, nestes casos, contactam os pais para se inteirar e fazer um diagnóstico da situação, sensibilizando-os sobre o risco e o perigo que correm as crianças, e os casos reincidentes são encaminhados para o Ministério Público.

Odailson Freitas explica que informam aos progenitores e encarregados de educação, sobre as implicações tanto no desenvolvimento físico e psicológico, como no rendimento escolar das crianças, assim como para o cansaço, além do nível de exposição estando nas ruas, como por exemplo, sofrer algum tipo de abuso.

O mesmo garante que é feito acompanhamento psicológico, assim como seguimento, orientando os pais para tentarem perceber qual a melhor a situação para a criança.

O ICCA na Boa Vista diz que vem realizando actividades nas comunidades e nas escolas de forma a instruir as crianças, professores e as comunidades sobre quais os tipos de trabalho que podem fazer, para tentar diminuir os casos de trabalho infantil que têm vindo a surgir, principalmente agora com a covid-19.

“Temos vindo a falar directamente com os pais e percebemos que há situações que já não estão a acontecer na rua. Mas vamos aproveitar para fazer este tipo de alerta as pessoas”, disse, indicando que as escolas de Rabil, do bairro de Boa Esperança e outros lugares como zona norte, Povoação Velha, Estância de Baixo e na cidade de Sal Rei foram os pontos escolhidos para a sensibilização.

c/Inforpress

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